Arquibancada
Como disse há mais de um mês, eu ficaria quase ou totalmente ausente daqui, da coluna, por conta de um trabalho que me ocuparia por quase um mês e meio. Isso ainda vinga, tenho pouco mais de duas semanas pra terminar este serviço e voltar pra cá com mais assiduidade. Mas por enquanto vou me contentando com umas passadas breves, com participações menos frequentes como costumava fazer.
Não tenho conseguido ver os jogos e tão pouco ir ao estádio, por isso, me limito a fazer comentários mais genéricos, sobre a situação do time. Fico mais com alguns problemas pontuais, do que análise das partidas. Quando posso vejo alguns lances, leio o que tenho pela frente e concluo algumas coisas.
Ontem à noite cheguei em casa muito tarde, sem saber o resultado do jogo. No computador já tinha disponível os melhores momentos. Acessei sem saber de nada. De tudo que vi, uma coisa me chamou atenção: a coragem de Leandro.
Quando percebi que seria ele o cobrador do pênalti em Kazim, junto veio um frio na barriga. Senti que aquele seria o principal momento do jogador desde que chegou aqui. Leandro converte a cobrança em gol e empata a partida. Em seguida lembro que Leandro já me provocou no mínimo três sentimentos. O primeiro de desconfiança, logo que chegou, de alegria quando fez uma grande partida contra o time reserva do Avaí, na Primeira Liga, e de ódio na decisão contra o Atlético.
De desacreditado a um reabilitado nesta sua ainda curta passagem pelo Coritiba. Confesso que já tinha desistido de comprar brigas por Leandro. Eu e muita gente. Não que seus últimos gols, (Grêmio e Corinthians) sejam suficientes para me fazer mudar de opinião.
Como disse acima, apenas admirei a coragem do jogador em cobrar esta penalidade contra o Corinthians. Se errasse seria execrado e definitivamente sepultado pela torcida. Cairia de uma vez por todas em descrédito e dificilmente teria uma nova oportunidade. Aliás, oportunidade é a palavra que mais se ouve quando Leandro é a questão.
No momento do pênalti, ainda é possível ver com o detalhe da câmera debaixo, Leandro buscando a concentração, respirando fundo , tentando se concentrar na tarefa mais difícil que teve até aqui com a camisa do Coxa.
Vou um pouco mais longe. Se Leandro estiver ressurgindo, faz isso num momento importante nesta temporada de 2016, quando Carpegiani não tem outra opção, a não ser ele para fazer o papel de goleador. Com Kleber e Berola fora de combate por um longo tempo, resta Leandro.
Hoje cedo leio nas redes sociais que Leandro fez mais. Além do pênalti, jogou bem, correndo, ajudando na marcação e quase fazendo um segundo gol com um belo chute. Será a redenção dele? Gostaria de acreditar que sim. Precisamos acreditar que sim, afinal, não temos outra opção.
De qualquer maneira, Leandro sobe no meu conceito pela coragem que teve de ser o homem da cobrança do pênalti. Já sei que vergonha na cara e coragem, andam por ali. Qualidades suficientes para me fazer voltar a comprar novas discussões em nome de Leandro.
Na última coluna que publiquei, eu falava que precisávamos de um pouco de sorte, além da competência e qualidade que Carpegiani conseguiu dar ao time. Parece que a sorte deu uma soprada pro nosso lado nesta rodada. Achei um bom resultado, se a gente levar em conta as várias baixas que o time teve.
Que os bons ventos soprem. Que Leandro incorpore o espírito dos grandes goleadores, no minimo aquele que o consagrou no Palmeiras e até rendeu uma passagem pela Seleção Brasileira.
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