Arquibancada
Não há outro jeito. É preciso se programar para o ano que vem, mesmo que as movimentações não nos deixem acreditar que “agora a coisa vai”. Do jeito que anda, não vai! Pelas primeiras movimentações, 2019 deve ser ainda mais difícil.
Sem dinheiro, com um orçamento ainda mais pobre, tudo indica que será mesmo mais um ano de sacrifícios. Sacrifício da torcida, ou do pouco dela que restou nas arquibancadas e entre os sócios, que um dia foram a maior fonte de arrecadação do clube (hoje fala-se em 6 ou 7 mil sócios pagando em dia).
Nas redes sociais, as discussões calorosas, agora dão lugar a um mesmo tom de reclamação - todos contra Samir e sua administração. Pelo menos consegue alguma unanimidade a torcida que sempre esteve dividida em apoios e tendências diversas.
Muitos mais que todo o quadro que se desenha é ter que admitir que 2019 será mais um ano de ajuste financeiro, montando um time mediano, quem sabe com um pouco de sorte, ligeiramente melhor que o de 2018. Parece que é o máximo que a diretoria consegue prometer, porque oficialmente, se fala que apenas em 2020 podemos pensar em subir.
Pobreza difícil de aceitar. Principalmente se levarmos em conta que o ano para subir era este, sem nenhum clube grande e ainda com um orçamento maior que todos os outros concorrentes. Porque para 2019, além de Paraná e América, Vitória, também Chapecoense, Sport, Vasco, Ceará e até o Corinthians, podem estar entre nós disputando uma das quatro vagas de acesso.
Ou seja, se em 2018 tivemos o mais fraco de todos os outros anos em qualidade da Série B, em 2019 teremos uma das mais difíceis.
Se já entramos pensando em subir apenas em 2020, corremos o sério risco de rebaixamento para Série C. Levem em conta ainda outros adversários que sempre foram pedra em nosso sapato: Londrina e Operário de Ponta Grossa.
Estas conjecturas me assustam porque se a cada ano descobrimos que o fundo do poço ainda não chegou ao fim, não gostaria de imaginar que em 2020 o Coritiba estaria pensando sim em acesso, mas da Série C para a B.
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