Arquibancada
Quando digo que o Coritiba teve mais sorte que juízo, me refiro a casos, por exemplo, das contusões de Alan Santos e J. Paulo, e que por conta disso tiraram Amaral do anonimato. Ao pé da letra, esta sorte que me refiro, não significa apenas ausência de competência.
João Paulo e Alan Santos são apenas queridinhos de alguns, mas passam longe de agradar à maioria. Principalmente J. Paulo, bastante criticado desde que chegou e injustamente, só porque veio de onde veio. Poucos aqui são capazes de avaliar exatamente a qualidade técnica do jogador. Pra não me eximir de opinião, também faço minhas restrições ao jogador. Erra demais, principalmente nas saídas de bola, mas é inegável seu espírito combativo, como destruidor de jogadas dos adversários. Já Alan Santos, é jogador mais de criação, sofre de altos e baixos. Mas acho que são dois atletas que devem ser mantidos para o ano que vem. Alan Santos por razões bem mais fortes. J. Paulo seria um boa opção de banco. Por enquanto, Amaral é o titular do meu time.
Quando me refiro à sorte, associo a competência de Carpegiani de ter conseguido recuperar Amaral e um outro jogador sabidamente talentoso como Leandro. Mas que há anos não servia para ninguém: Leandro se transformou nos segundo artilheiro do grupo, salvando o Coritiba com seus gols oportunos em partidas decisivas nesta reta final.
A sorte que nos faltou em muitos momentos e que agora reaparece oportunamente, mas parece nos avisar cada vez mais claramente: “Não abusem de mim”, posso faltar novamente”!
Com um pouco de sorte e competência de poucos, chegamos ao final de mais um ano, livres da degola. Eu não ousaria arriscar novamente mais um ano, trabalhando no limite da paciência da torcida e contando com a sorte mais uma vez.
As coisas andam muito calmas nos bastidores do Coritiba, para uma diretoria que teve mais sorte que juízo e competência.
2017 será um ano decisivo para o futuro do Coritiba e serão estas mesmas pessoas que comandam hoje o clube, que este ano darão o destino dos próximos 5 ou 10 anos do Coritiba. O próximo ano é mais importante do que se imagina.
Aqui, todos pedem PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, finalmente um clube de gestores. Coisa que nos parece ser condição básica pra qualquer empresa que pense grande e sonho com algo melhor.
Isso tudo é chover no molhado, é repetir tudo o que cansativamente já dissemos, mas que parece ainda não ter sido entendido por dirigentes e conselho.
Senhores do conselho, senhores dirigentes, mais um ano assim, contando apenas com a sorte, as arquibancadas do Couto estarão ainda com menos gente. Número de torcedores cada vez menor a cada ano.
Os jogos da sorte são outros. No futebol ela aprece de vez em quando. Futebol se faz com planejamento, malandragem, inteligência, dedicação, amor, gestão, torcida e dinheiro. Fazer futebol custa caro e por isso não é mais espaço para tentativas e experiências amadoras.
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