Arquibancada
Parte do torcedor Coxa, deveria buscar um trabalho voluntário dentro do clube para tentar entender os meandros dos bastidores do futebol. Já vi gente reclamando do Edu, gente reclamando do empate de ontem contra o Cruzeiro e dando por encerrada a recuperação no campeonato.
É verdade que na atual circunstância, principalmente na partida de ontem, o empate foi injusto e pra recuperar os inúmeros pontos perdidos, ainda estamos no débito, numa briga que promete ser muito difícil e a busca por vitórias fora de casa será um pedaço doloroso deste ano, que precisa fazer parte deste projeto de recuperação.
Grupo e comissão técnica precisam ser blindados para que nada interrompa esta recuperação que começa. Creio que a prioridade número um é vencer a qualquer preço todos os jogos em casa. Um estudo minucioso da tabela, coisa que imagino já tenha sido feita, precisa eleger pontos a serem beliscados fora de casa. Dos empates com os “imbatíveis” a vitórias como no caso de ontem, contra o Cruzeiro.
O treinador já disse que em todos os jogos, o time entra para vencer. Isso dito da boca pra fora tem um sentido, se planejado seriamente, tem outro peso.
Me refiro promover talvez um seminário interno com todo o departamento de futebol para um estudo criterioso de toda a tabela a partir de agora, nesta partida em casa contra o Fluminense.
Não só toda a comissão técnica deve estar voltada para o tema, mas a administração do clube quem sabe também possa promover ações de engajamento com torcida e até ações de marketing.
Fiz ontem um estudo grosseiro do que pode ter virado a chave nestes novos tempos de Thiago Kosloski. Além do óbvio, um deles chama-se Moreno, o outro Bianqui, o outro Bruno Gomes, Manga e Jamerson. Todos, com exceção de Manga jogando mais, muito mais do que fizeram com Zago ou Antônio Oliveira. O portugues e Zago em nenhum momento tiveram o grupo na mão, Kosloski chegou fazendo isso.
Sem perder muito tempo com análises dos dois treinadores, um além de não ter tido a séria preocupação com a qualidade técnica, dava mostras que acreditava que num passe de mágica as coisas se ajeitaram, além de ter feito péssimas indicações para composição do grupo. Quanto a Zago, a conhecida teimosia desde a formação do time com três zagueiros, como a insistência com jogadores que sabidamente não rendiam, além de ter chegado chutando o balde, quando na entrevista ao COXAnautas, disse claramente ao editor do site, Ricardo Honório, que seu estilo não era ser “amiguinho de jogador”.
Zago terminou o seu rompimento com o grupo na famosa coletiva, quando meteu a boca em todo o elenco, criando um clima interno sem nenhuma possibilidade de ser revertido, mas isso também tem muito com a vergonha na cara que despertou no grupo. A exposição mexeu com o brio de muitos, certamente
Thiago Kosloski fez o contrário: passou a mão na cabeça de todos e como o maior conhecedor da base Coxa, promoveu nomes até então desacreditados, como Bianqui por exemplo, pra mim titular absoluto. O meu time titular tem Manga e agora Bianqui.
Mais que isso, Thiago teambém conseguiu reconstruir a ponte entre torcida e elenco. Ponte que sempre existiu, mesmo que fosse uma relação unilateral. Não sei qual é a sua conversa nas preleções, mas se dá ao trabalho de mostrar ao elenco o real compromisso que precisa ter com a torcida, não apenas o velho discurso da boca pra fora de bajulação do torcedor.
Kosloski tem recriado uma nova relação de reciprocidade entre torcida e time. O medo do elenco com a torcida parece ter chegado ao fim. Porque jogar no Couto cheio, estava se tornando um tormento para muitos atletas. A confiança está de volta e com ela a qualidade técnica que em muitos achei que nem existia.
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