Arquibancada
Alecsandro sempre será o filho do Lela. Azar dele porque a referência é esta e bem mais forte. Pelo menos entre a torcida do Coritiba é assim que o chamam.
Ontem, depois do jogo, Coritiba x Fortaleza, me chamou atenção o número de mensagens que recebi. Quase todas surpresas com a vitória e ainda com gol do filho do Lela, diziam em seus textos, amigos que trocavam algumas ideias sobre Coritiba x Fortaleza.
Como se seu nome fosse este mesmo, Filho do Lela, com nome e sobrenome.
Alecsandro parece secundário, fica pro resto do país que acompanha futebol, ou pode servir como codinome, talvez.
Alecsandro que aqui construiu a história que vai da famosa mochila, até quando chorou cobrado pelo filho, e que com tudo isso acabou criando uma disputa individual com o próprio pai, e que recentemente chegou a se colocar a disposição do clube, mesmo sem receber salário. Só pra provar que pode fazer mais pelo Coritiba do que fez até aqui. Como o pai dele fez, dando um título brasileiro ao Coritiba.
Não acredito que as pretenções de Alecsandro sejam estas, mas no mínimo acho que se cobra um desempenho melhor do que teve até aqui.
Me parece que Alecsandro talvez possa mesmo ser melhor do que fez até aqui. Está devendo e não é pouco, mas parece que só vai conseguir pagar alguma coisa, quando perder esta obsessão de corresponder como Lela correspondeu. Primeiro precisa perder o estigma do Filho do Lela, para depois ser o Alecsandro e aqui encerrar a carreira com alguma dignidade.
A autoria do único gol da partida, na vitória que encerra a participação Coxa nesta inesquecível temporada de 2018, quem sabe seja um bom começo. Não só para deixar para traz a marca do filho do Lela, mas que tudo isso também sirva aos dirigentes que, como diz Augusto Mafuz em sua coluna de hoje, transformaram a vida política do clube em um pastelão, produzindo com esta história de impeachment, um final de ano pra lá de patético. Resumindo uma temporada que deveria ser de ensinamentos, se é que aprenderam alguma coisa e pretendem usar isso tudo no ano que vem. Isso se ficarem para levar o Coritiba sabe Deus pra onde.
Ao torcedor fica um ano que vai para a história, porque daqui para frente, seu limite com os erros perece ter chegado ao fim. O nível de tolerância não permite mais nenhum erro, nem da tia da limpeza.
Samir chega a um ponto que ao menor tropeço, será cobrado de forma muito mais forte.
Tolerância zero em 2019.
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