Arquibancada
Mais uma vez estamos aqui nós torcedores, preferindo acreditar que cada um dos recém-chegados possa viver no Coritiba seus melhores dias profissionais. Mais do que nunca, mais uma vez, exercendo nosso papel de torcedor de fato.
Só que ainda está vivo na memória o inicio do ano, quando para o Regional trouxeram apenas Benitez e Simião e também torcemos para que desse certo. Não adiantou. Hoje, quase não se fala mais em Simião e Benitez. São reservas e se demorar mais um pouco terceiro reserva, caso de Simião, principalmente. Benitez perdeu a posição para o fraco novato Moser.
E mais uma vez, agora na montagem de novo elenco para o Brasileiro, não nos resta outra alternativa se não torcer novamente para que acertem nas contratações. O pacote está se fechando, apenas faltando Carlos, o bom atacante do Atlético MG, que anunciam como quase certo. Os confirmados são de conhecimento de todos aqui, sem necessidade de lembrar nome a nome.
O mercado ainda se movimenta e as peças vão se encaixando. O quebra-cabeça alviverde mais uma vez não nos deixa confortáveis, para prognósticos futuros.
Parece ser certo que mesmo que todos os recém- contratados vivam aqui o melhor de suas vidas, ainda assim teremos um ano que se terminar bem, será com as calças na mão. Porque nenhum destes novos é jogador pra fazer a diferença na hora do “vamo vê”. E estes momentos são muito frequentes na Série B, sabemos muito bem disso. É uma competição de altos e baixos e por uma única razão: todos os clubes orçam seus elencos por baixo. Apenas os grandes entram um pouco acima da média. Casos conhecidos dos que caíram e que subiram com relativa folga. Não será o nosso caso este ano. Com sorte, torcida, e a incompetência dos adversários, subiremos sim, mas tudo indica que o preço a ser pago será alto.
O Coritiba monta um time pra brigar de igual com os outros clubes que tem a mesma pretensão de subir. Por isso, até que se prove o contrário, entramos na briga em condições de igualdade com todos, no mínimo com 10 dos 20 clubes da segundona.
Não temos sequer o jogador líder que coloca a bola debaixo do braço e chama a responsabilidade para si. Se Kleber for mesmo embora, será um alivio para a folha de pagamento, mas fará falta em campo, porque em condições de jogar, é o cara que podia fazer este papel. Hoje esta atribuição de capitão é de Alecsandro, que ganhou este status apenas pela idade, porque em campo não conquistou ninguém. Nem seus companheiros de trabalho e nem a torcida. Alecsandro ainda é apenas o filho do Lela.
Além de um líder, precisamos antes de tudo de um time que reconquiste a credibilidade que perdemos há anos. Não há mais por aí o respeito que o Coritiba tinha.
Por estas e outras razões, faço previsões de um ano de sofrimento e que se terminar com o objetivo primeiro que é subir, estaremos no lucro.
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