Arquibancada
Não há mais o que sugerir, reclamar e se lamentar. Não só eu, mas grande parte do time de comentaristas e colunistas aqui do site, já batemos cansativamente nesta tecla do conceito de elenco, que o Coritiba precisa ter, para viver um ano mais calmo. Mas não é o que vejo e nem a longo prazo a diretoria sinaliza com algo pelo menos parecido. O que temos até aqui, é tapa-buraco, improvisações, e algumas apostas que ainda não funcionaram.
Ainda sem os principais titulares - “principais” aqui vale no sentido de vitais ao time, caso de Lucas Claro, Juan, Ceará e Dudu, que mais uma vez estão fora e por conta disso começamos o brasileiro roendo unhas e torcendo, inclusive colocando para queimar uma das promessas para o futuro, o lateral Dodô, que substitui Ceará, mais uma vez.
Agora o menino pega um rabo de foguete, e não nos resta outra alternativa, se não torcer para que dê conta do recado, como deu em Caxias, contra o Juventude. Acho que ainda é muito jogar um menino de 18 anos, sem rodagem, numa estreia de brasileiro, tendo no currículo no máximo duas partidas como profissional. Num jogo despretensioso, em casa, vá lá, mas assim, acho muita responsabilidade e um risco.
Neste caso, acaba sobrando mais uma vez para a torcida. Sugiro paciência e calma ao torcedor que for ao Couto nesta noite de sábado, para não colocar mais peso nas costas do menino e castrá-lo de vez. Não podemos terminar de fazer o serviço mal feito pela comissão técnica, que usa em hora errada um garoto da base, com um futuro promissor, por falta de planejamento da diretoria, que só agora descobriu que Ceará precisa de um reserva, e que ainda é cedo para jogar esta responsabilidade nas costas de Dodô.
Mas estas improvisações ou a escalação de Rafael Marques, e a manutenção de quem sabemos não dar conta de outros recados, e já merecia um banco, caso de Negueba, tudo isso acaba mostrando que não temos opção de troca. Ainda passamos longe de ter um elenco. Temos no máximo um time para bater de frente com os nossos concorrentes diretos, mas com o time completo, com Juan, Lucas Claro, Ceará e Dudu, sem as improvisações.
O torcedor mais exigente vai me cobrar quando coloco Dudu nesta lista. Também acho que o meia ainda nos deve um futebol mais a altura do que precisa o meio de campo do Coritiba, mas é o titular quando joga ao lado de Juan. Acho que há um casamento na dupla. Arrisco dizer que os dois se completam. O meio do Coritiba é um com Dudu e Juan e fica pior com Juan e Thiago Lopes, por exemplo. Dudu ganha em qualidade ao lado de Juan, mas some quando o meio não tem Juan. Claramente é possível perceber que Dudu depende mais de Juan do que Juan de Dudu.
O Coritiba é um dos poucos clubes que ainda não fez nenhuma contratação para o Brasileiro, mesmo que isso já tenha sido cobrado há muito tempo por mim e companheiros aqui do COXAnautas, pelo time de colunistas e comentaristas. A hora é outra. Pré-temporada presume preparação, ajustes , contratações. Não fizeram. Apostaram mais uma vez em apenas compor o time, apostando em alguns nomes que eram duvida e ainda não corresponderam.
Ao torcedor fica mais uma vez a alternativa de apostar na sorte.
Apertem os cintos, o brasileiro vai começar, e o piloto sumiu, ou pelo menos ninguém sabe onde está.
Boa sorte, Coritiba (você vai precisar)!
Mais uma vez estaremos juntos!
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