Arquibancada
O melhor de um pedaço da história viva do Coxa está indo embora. Ídolos que marcaram época, começam a sair de cena. Zé Roberto recentemente, um pouco antes Tobi, e agora Abatiá. Pra não citar outros tantos como Fedato que já se foi há mais tempo. Deles, fica uma história de glória dividida com o clube.
Mais que isso, ficam quase lendas como a jogada de Abatiá contra o Atlético Mineiro e a vitória, com o gol sobre o Santos, quando a festa era de Pelé. Ou o gol de Zé Roberto, de calcanhar entre as pernas de Félix, recém chegado da conquista do tri, no México, em 1970.
Ao futebol jogado hoje, fica a responsabilidade de contar uma nova história a uma outra geração de torcedores. Que conheceu um outro futebol. Sem aquela magia de antigamente, mais jogado cerebralmente, até se sobrepondo aos dribles desconcertantes, dos toques clássicos, da ousadia da época de Zé Roberto e Abatiá. Um futebol mais próximo a um jogo de xadrez, de estratégias táticas, de força física conquistada a preço de exaustivos treinamentos que acabam formando verdadeiras máquinas de jogar bola.
Nem mais e nem menos. Nem melhor nem pior. Não cabe comparação. Dois tempos diferentes, em épocas com necessidades diferentes.
As mortes de ídolos do passado apenas lembram histórias bem diferentes das produzidas hoje, mas que devem deixar nas costas desta geração, a responsabilidade de contar um capítulo de uma nova história que a eles fica a responsabilidade contar.
Tuta já contribuiu com o pedido de silêncio na comemoração do gol em plena baixada num atletiba inesquecível. Alex, Pechequinho... até Keirrisson, que de ídolo passou a vilão, mas com história dentro do clube, junto com Pedro Ken, Rafinha e Mozart, só para dar alguns exemplos.
Uma geração recente, que ganha projeção onde Alex foi o maior, mas todos os nomes acima contribuíram, dando um pouco de si a esta grandiosa história do Coritiba Foot Ball Club.
Agora, temos Kleber, Wilson, Dodô, Luccas, Claro, Kazim , Berola, Juninho, Juan e seus companheiros. Neles a nossa esperança de que deixem algo de bom para ser contado.
Não precisa ser nada muito grandioso. Por enquanto nos damos por satisfeitos com a dedicação. Nos bastam neste momento o respeito pelo nome da instituição Coritiba e à grandiosa e apaixonada torcida alviverde.
Obrigado, Tião Abatiá!
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)