Arquibancada
A motivação, ainda que tímida, que ainda restava nas manifestações de poucos torcedores, parece ter ido embora na noite de ontem.
Ela renasceu não só pela chagada do novo grupo que comanda o clube desde o final do ano passado, mas principalmente pela aura positiva que cercou dois fatos: a saída de Samir e a chegada de Follador.
Como futebol se joga no campo e não nos gabinetes, a derrota para o Goiás não pode ser tratada como uma surpresa. Mesmo assim, ainda havia quem apostasse no início de uma arrancada ou retomada.
Disso tudo, sobra o medo do que ainda virá pela frente porque a cada rodada, descobrimos que para nós, o poço não tem fundo. Sempre há uma surpresa desagradável nos esperando ali na frente.
Futebol não se joga nos gabinetes, mas é nele que começa a montagem de um time e é onde as conversas mais importante traçam o planejamento de um clube de futebol. Follador ainda terá mais algumas rodadas, querendo ou não, para pagar o preço dos erros da administração anterior.
Parece não haver esquema tático, nem treinador que dê jeito no que temos visto deste "amontoado" que hoje nos representa em campo. Como disse, fica o receio do que ainda nos espera neste restante de Série A.
Quando a coisa já se encaminhava para este quadro que temos hoje, lembrei muitas vezes da campanha do Fluminense que escapou do rebaixamento em 2009, com 99% de possibilidade de queda. Escapou justamente naquele inesquecível dezembro do quebra-quebra, no Couto Pereira, passando o bastão ao próprio Coritiba. Naquele dia, não só caímos, como fomos punidos pela CBF por conta da quebradeira que parte da torcida promoveu, invadindo o gramado. Só que naquele dia, o Fluminense tinha Fred, Cuca, Conca...muito mais qualidade que o Coritiba de hoje.
Estamos na porta de um atletiba, talvez o clássico mais temeroso dos últimos anos (se é que ainda pode ser chamado de clássico). Porque nossa auto estima está tão em baixa que o receio não é nem com a derrota, mas com uma surra, daquelas inesquecíveis.
Esta reta final prenuncia um calvário. Para nós, para os novos dirigentes e até para os atletas que já devem até estar de malas prontas, com passagem comprada e tudo, esperando o término do contrato. Pelo menos é esta a impressão que dão quando estão em campo.
Quem sabe fosse mais digno dispensá-los, para com um pouco mais de honra, terminar a temporada com um time alternativo, já pensando na preparação para a disputa do Paranaense. Assim, pelo menos teríamos um novo planejamento e algum argumento para justificar os fracassos que certamente nos esperam.
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