Arquibancada
Foi ele que me trouxe as boas e as más notícias do ano que termina. Meu companheiro de mesinha de trabalho, que faz a buia boa e a buia ruim. Sintonizado tanto em ondas médias como em frequência modulada. Sou jornalista por causa dele.
Desde criança ficava madrugadas com aquele vespeiro ligado em ondas curtas, ouvindo Big Boy na Mundial, ou a Tupy do Rio, Nacional, Eldorado, rádios americanas, inglesas, alemãs, australianas, japonesas... mesmo sem entender o que diziam, só porque era rádio e importava mesmo o barulho.
Sem ele seria um mecânico sem carro pra consertar, médico sem paciente, praia sem sol, banho sem água.
Meu radinho que ainda não foi substituído pela internet nem pela televisão... tá aí firme e forte. Me traz futebol, notícias, diversão e muita, mas muita bobagem.
Só não traz mais a música, que ganhou nível de exigência e ganhou som stereo equalizado, via internet. Aliás, já não se faz mais Zé de Melo como antigamente, pra dar qualidade à música que se ouve em rádio. Rogéria Holtz e nada mais. Mas tudo bem, é que prefiro ele na função básica, o da buia.
Fica sério quando é futebol. Quando tem Márcio Miranda na CBN. Quando teve Gladimir na Band News. Quando Nelson Martins desfilava seus conhecimentos gerais, com sua voz inconfundível. O bom e velho Mazza , insubstituível.
Meu radinho de muitas jornadas, principalmente matinais e companheiro de Couto Pereira, nas tardes de domingo, onde quase já foi parar no meio do gramado.
Amigo nas vitórias e também de muitas derrotas, ultimamente. Que me contou que o Coxa caiu. E que este neste ano novo vai me contar de novo tantas coisas boas... e que o Coxa subiu.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)