Arquibancada
A foto acima diz muito bem em que pé as coisas andam. Parece irônico, debochado, mas era o que estava pregado no portão de aceso à Mauá. Não resisti e fotografei.
Qualquer coisa procure o Roberto Sardinha e cobre dele. É a quem nos cabe reclamar de algo a esta altura, um ouvidor da CBF. Mas não esqueça, só por email. E precisa ser apenas sobre a competição organizada pela CBF. Reclamações sobre o seu time, procure a ouvidoria do seu clube, imagino eu.
Mas também acho que não vai adiantar muito, viu. Quem aqui ainda não reclamou este ano de alguma coisa? Foi o que mais fizemos o ano todo. Mais reclamamos do que torcemos. E a nossa ouvidoria, se é que tem, não deve estar nem aí com os nossos clamores.
Demos uma longa trégua. O time parecia reagir, com duas vitórias importantes, mas não aguantou e agora volta a nos saudar com duas derrotas seguidas. A última em casa e de goleada.
Não perderia meu tempo responsabilizando nem Ney Franco e nem a “bateção de cabeça” da zaga (sem dar nomes) porque todos viram como o desastre se apresentou nesta tarde de sábado, contra os mineiros. Foi mais uma daquelas tarde/noite de melancolia, de um futebol pobre e muito triste. Mas que serve mais uma vez para nos colocar em nosso devido lugar e que se fosse entendido assim, há muitas e muitas rodadas, quem sabe a situação não fosse tão perigosa como se desenha mais uma vez.
Saí de casa achando que um ponto hoje era conquista a ser festejada. Jogar como time pequeno, admitir as limitações e sem ousadia, “cozinhar o galo” e garantir um pontinho, talvez fosse o melhor que teríamos a fazer. Tive medo quando ouvi pelo rádio a escalação, com apenas João Paulo como contenção ao ataque. Ney Franco montou um time extremamente ofensivo, mas fraco, contra o fulminante ataque e meio de campo criativo do Galo. Não deu outra, fomos atropelados.
Aliás, imagino deve ser este o comportamento do time, pelo menos daqui pra frente, já que não foi possível fazer antes.
Especialmente em jogos fora de casa, a meta deve ser arrancar míseros pontinhos, e contra os grandes, mesmo em casa, acho que também devemos pensar assim, pequeno. Armar o time mais ajustado para a defesa com mais gente para a contenção. Tirar proveito do entendimento da dupla de zaga, Walisson e Juninho, que devem ser protegidos por mais dois volantes, sem muita ousadia dos alas. Em jogos contra times melhores armados técnica e taticamente seja em casa ou fora, assumir nossa limitação. Do contrario é suicídio.
Olhar este time do Coritiba contra o Atlético Mineiro, e conhecer um pouco de futebol, é perceber a enorme diferença técnica que há entre os dois . Por isso, com esta constatação, o raciocínio acima faz todo sentido. No mínimo somos inferiores aos dez ou doze primeiros colocados. Somos iguais ao resto. E é com eles, os nossos iguais,na briga de “mano”, por pontos dentro e fora de casa, que deve estar concentrado o trabalho a partir de agora. Joinville, Figueirense, Ponte Preta, Goiás e Vasco, precisam ser a redenção do Coritiba.
Para as próximas rodadas, consigo dividir em etapas: Joinville (F), Ponte Preta (F), e São Paulo (C) primeira etapa. Sendo otimista consigo somar 3 pontos nestas três primeiras partidas. Mais que isso é muito lucro. Coisa dos céus.
Só depois desta série, podemos começar a segunda etapa que tem o primeiro desfio em casa, contra o Figueirense. Partida que além de ser a única na verdade que precisa ter a garantia de 3 pontos. Além dos três pontos , uma vitória contra os catarinenses, volta a dar confiança para o confronto seguinte que é contra o Corithians, fora. Aí, precisa fazer o mesmo que será necessário fazer antes contra o São Paulo( C). Jogar como time pequeno, sentar na bola e arrancar um ponto. Do contrário será nova surra, como foi contra o Galo. Esta série termina contra o Goiás (F). Mais um ponto nesta partida, praticamente elimina as chances de rebaixamento.
As partidas contra Santos ( F), Palmeiras (F) e Vasco em casa, não podem ser decisivas para sacramentar o rebaixamento. É reta final, com duas partidas duríssimas, e até aqui o time já demostrou não ter preparo nem técnico e nem psicológico para aguentar tamanha pressão.
Não quero nem pensar na última partida contra o Vasco, se os dois precisarem de vitória. Temo quando a corda já aperta o pescoço. Especialmente quando sabemos de quem estamos falando e o que podemos esperar de quem nos representa.
Do contrário, aconselho começar uma campanha, mesmo que seja por email, com o senhor Roberto Sardinha, ouvidor da CBF, pra tentar mudar os critérios de rebaixamento para 2015.
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