Arquibancada
Mais um daqueles resultados ruins que vão largando esperanças pelo caminho. As esperanças dos persistentes como eu, e toalhas de lutadores que vão sendo jogadas no canto do ringue por quem conseguiu chegar até aqui, ainda acreditando em dias melhores, mas na verdade faltando apenas o nocaute para acabar com o combate.
Bravos lutadores/torcedores que, por alguma razão acreditaram. Agora, sucumbem ao último e melancólico ato de uma tragédia anunciada.
Junto vai também um sentimento de medo, do que ainda pode vir. Porque de agora em diante vai restar apenas o discurso da dignidade, da honra e do respeito que não tiveram antes, quando nos disseram que subir era a prioridade número um. Isso lá pelo começo do ano. Nunca foi prioridade, não foi em nenhum momento ou não souberam como fazer. Mas mesmo assim, erraram quando não aceitaram ajuda de ilustres coxas, quando se dispuseram.
Dirão agora que é preciso honrar o nome da instituição, de homens com vergonha na cara... este será o discurso a seguir.
Mesmo que agora não resolva mais chorar o leite derramado, mas alguém precisa responder e ser chamado à responsabilidade.
Para antes do início do próximo ano, será preciso achar uma saída e se possível com alguma dignidade. Que nos devolva pelo menos um pouco do orgulho perdido já há alguns anos e exterminado e liquidado a golpes cruéis em 2018, ontem com o tiro de misericórdia.
2019 promete ser pior e mais difícil ainda. Vale lembrar que se com dinheiro este ano foi ruim, pobre e sem dignidade, o ano seguinte será ainda mais difícil. Por isso, se não mudar a forma de gestão, caminhamos para o fim da instituição. E é aí que mora o grande problema. De nada terá adiantado o sacrifício financeiro de 2018, precisando fazer mágicas no ano seguinte, para não deixar acontecer o pior.
Sem carisma, nem tentando ser simpático, Samir vai queimando o que lhe resta de alguma credibilidade que talvez ainda pudesse ter com meia dúzia de fiéis escudeiros.
Sem carisma, sem dinheiro, sem torcida, com o G5 em vias de rachar, não consigo vislumbrar algo melhor para o nosso futuro, diante de um quadro sofrível que leva junto o que restava do Coritiba ainda no começo de 2018.
Neste ritmo e se as coisas não tomarem outro rumo, corremos o risco de ter apenas uma história gloriosa para contar, mas de um passado já bem distante.
É com este espírito, tentando manter o que resta de humor e bom senso, que teimosamente insistimos no Coritiba.
Uma das nossas tentativas pode ser vista ou lida, no livro que lançamos na quinta-feira da semana que vem (25/10), no Centro de Estudos Bandeirantes, na rua XV, entre a Mariano Torres e Tibagi. Apareça, temos no mínimo uma história em comum pra ser contada. Vai valer a pena lembrar que um dia tivemos time para torcer. Muitas histórias, em formas de crônica, estão neste livro “Coritiba ... futebol, paixão e história (s)”. Dia 25/09 a partir das 18 hs.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)