Arquibancada
Parece que já podemos deixar de lado o sentimento de vira-latas. É olhar pra trás e imaginar o que devem estar pensando CSA, Goiás, Avai, CRB e até Guaraní e Vasco. Imagino que digam: Coritiba e Botafogo já garantiam suas vagas. Ainda restam outras duas , disputadas por pelos menos 6 pretendentes.
Muito natural que a rede de tv, detentora dos direitos de transmissão do jogos da Série B, Sportv, classifique a competição como a supersérie B, a maior de todos os tempos. Não pelo nível, não pelas presenças de Botafogo, Cruzeiro e Vasco, por que justamente os três foram decepção e a grande estrela desta competição foi a regularidade do Coritiba, líder há muito tempo, mais da metade da competição.
Mesmo que estejamos a 3 pontos de garantir o retorno à Série A, (uma vitória em cinco jogos restantes ou três empates), isso parece pouco para o que fez o Coritiba até aqui. Espero mais. O sentimento da torcida e do elenco parece ser o mesmo: retornar marcando esta nova era no alto da Glória como campeões da “B” e voltar definitivamente, este é o sentimento que prevalece.
O único impedimento é a igualdade técnica entre pelo menos os 10 primeiros colocados. E esta condição é tão igual que em muitas situações basta apenas um gol pra mudar a história de uma partida. Caso de ontem, contra o Operário. O Coritiba do segundo tempo não foi o mesmo do primeiro. O gol de Castan não só mudou o jogo, como poderia ser o primeiro de uma goleada histórica contra o Operário, um resultado, até o início do segundo tempo, inimaginável para o mais otimista torcedor. Não foi uma goleada, mas quase.
Waguininho, Gamalho e Igor fizeram a diferença, como já fizeram em rodadas anteriores. Waguininho especialmente nas últimas partidas. Com ele o Coritiba é outro. Se transformou num jogador fundamental para o formato que Morínigo deu ao time.
A próxima rodada pode dar ao Coritiba a garantia do retorno à Série A. Como disse em coluna anterior, por méritos e merecimento.
Torcida x Covid-19
A festa das arquibancadas voltou e ontem no Couto mais uma vez fez a diferença. Faço parte do time dos mais reservados com relação a esta abertura quase total para a torcida, como ontem, com quase 18 mil pessoas no Couto Pereira. Muitos sem máscara e nenhuma preocupação com distanciamento.
Ainda vivemos uma pandemia e o futebol parece viver mesmo num mundo à parte, porque definitivamente o público está de volta em todos os estádios brasileiros. Mesmo que ainda tenha gente morrendo, vítima da Covid-19.
Não há como negar que a vitória de ontem também foi uma conquista da torcida que ajudou a criar o ambiente de vitória, mas isso precisa ser pensando com mais responsabilidade. O quadro epidemiológico da cidade ainda não permite aglomeração como a de ontem e outras tantas que vejo pela cidade e pelo país inteiro. Seja nas arquibancadas ou em baladas. É preciso pensar melhor isso e achar um caminho mais seguro.
Avante, Coxa! Rumo ao título!
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