Arquibancada
Estes dias, conversando com um amigo atleticano, o cara não perdendo a oportunidade, “zoa” com a minha cara. Como resposta mandei a famosa frase do conformista, que caminha para o limbo. Disse eu, estamos mesmo virando clube pequeno, logo seremos uma Portuguesa, Bangú ou até um Paraná Clube. O cara me olhou sério e não concordando comigo disse: “não, nem tanto, vocês têm torcida.
A gente sabe que para isso ser reconhecido por um atleticano, é pra ser levado em conta.
Mas ainda teimei argumentando que nem isso a gente tinha mais, porque os públicos do Coritiba nos últimos dois anos eram ridículos.
Agora, preciso admitir que ainda temos torcida, sim. Ao preço de 15 reais ou com ingresso subsidiado, o amor pelo clube ainda pode ser visto nestes dois primeiros jogos em casa.
Mais de 60 mil pessoas ainda acreditado, gritando, mesmo que o time ainda seja modesto, apenas ligeiramente melhor que dos anos anteriores. Público que coloca o Coxa, pelo menos por enquanto, entre os clubes com melhor público do brasileiro, incluindo os da Série A.
Que casa cheia não determina resultado, isso todos sabemos há anos, mas me dá um baita orgulho ver o Couto cheio, como nestes dois jogos em casa. Como também é muito bom ver as filas se formando em volta do Couto Pereira, como já disse antes.
Em nome desta torcida, em nome deste amor que resiste bravamente, já há anos, é preciso um entendimento diferente deste elenco quando se fala em doação, em dar a alma em campo, conforme também falei na publicação anterior.
Se é este o time que teremos daqui pra frente, e com ele acham que subiremos, pois então que trabalhem de forma diferente. Porque não será apenas jogando futebol que ao natural somaremos os pontos necessário para alcançar as primeiras posições. Será preciso um trabalho mental muito forte. Que façam deste elenco um grupo guerreiro.
Parece que falta uma conexão maior entre dirigentes administrativos com o departamento de futebol.
Não basta frequentar vestiário, viajar junto com a delegação, mostrar apoio ou cobrança. É preciso carisma, empatia entender a personalidade do grupo.
Quando não é assim, a coisa só vai quando o elenco é bem qualificado. Não é o caso do Coritiba. Por tanto, é hora de pensar o contexto do departamento de futebol.
O apoio da torcida está garantido até o clássico contra o Paraná. Até lá, a direção do clube precisa acordar e aproveitar este momento e encontrar o caminho que dê segurança ao torcedor, para que o apoio prossiga.
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