Arquibancada
A imprensa diz que o Atlético termina mais uma competição de forma digna... “cai de pé”, é o título esportivo nesta sexta-feira. Parece chamadinha de anos anteriores. Nunca (uma vez) na final (também de pé), mantendo a tradição e se enroscando pelo meio do caminho. “Campeones da liberta”, da Copa do Brasil?- não.
É verdade que o caminho andado já traz dividendos ao clube. Projeção, dinheiro, expõe... mas titulo que é bom, nem pensar. Tá bom pra quem não é grande, não é? Pra quem disse que seria campeão do mundo.
Enfim, um time paraguaio que vai um pouco mais longe que os outros paraguaios e logo ali termina seu passeio pela América, na praia do Gonzaga, em Santos mesmo.
Alguns outros paraguaios ficaram pelo meio do caminho e outros nem entraram, é verdade. Mas não há de ser nada, para o ano ainda resta o Brasileirão, pra tentar mais uma libertadores, e mais uma vez, certamente “paraguiar”.
Falaram, falaram e estamos igualzinho, eles com um ponto só na frente, na última competição que lhes resta. Assim como para nós.
Mas andamos, andamos... disputamos títulos e na conta do ano, estamos na frente com um misero titulo estadual. Mas estamos na frente! É a nossa briguinha interna. Pobre como sempre, mas é a disputa regional. Comemos feijão e arroz e arrotamos isso mesmo, sem achar que digerimos caviar, como eles.
Está na história. Mais títulos estaduais, o primeiro brasileiro, estádio nosso, tudo isso sem algazarra, sem barulho, porque sabemos do nosso tamanho e não queremos só isso. Se for pra fazer só barulho, então não nos interessa. Assim como jogamos fora as estrelas dos títulos da Série B, ostentada por eles, ou dos vices na Copa do Brasil e etc. Sem falar de títulos que nunca terão, como Torneio do Povo, Fita Azul. Antigos, com naftalina, mas é nosso, disputado e vencido e exposto em sala de troféus.
Seguimos nosso caminho brigando com dirigentes que não nos servem, batendo o pé a todo coronel que queira nos comandar erradamente. Temos tido uma infelicidade imensa na escolha destes dirigentes. Temos problemas internos muito sérios pra resolver, mas esta vida de competir, navegar em mares altos e morrer na praia, também não nos satisfaz. Há, claro, os que aceitam e dizem amém. Mas na maioria não nos contentamos com pouco, não.
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