Arquibancada
Nos seus melhores dias, jogar contra a qualidade de um time como o Paysandu, teria sido como um rachão, daqueles de toque, fazendo a bola rolar, jogando fácil, sem fazer força. Como nos bons tempos de se dar ao luxo de poupar seus principais jogadores.
No entanto, este Coritiba que nos dão para torcer, fez força, muita força e quase se complica com um adversário fraco, que veio brigando para sair das últimas posições na classificação, com um time ligeiramente desmontado, sem alguns titulares, com treinador tendo a cabeça pedida pela torcida.
Se aos 28 minutos do segundo tempo a sorte não estivesse do lado do Coritiba, o inferno teria se instalado e hoje certamente estaríamos lamentando mais um tropeço, jogando fora mais dois pontos, com mais um empate vergonhoso. Mas desta vez contra um dos adversários mais fracos que o Coxa teve e terá pela frente nesta série B, finalmente voltamos a somar 3 preciosos pontos.
Ao contrário de muitos torcedores que preferem festejar mais três pontos, ainda me recolho na desconfiança. É que já nos enquadramos em diversas categorias de torcedores: os incondicionais, que festejam a vitória, seja de que forma for, torcendo apenas para subir, os que festejam a vitória, mas que ainda cobram qualidade, e os sonhadores chatos que ainda esperam por aquele Coritiba grande, imbatível que sobe com um pé nas costas.
Claro que festejo os três pontos, e neste momento importa mesmo é subir, seja de que forma for. De fato a qualidade de um time imbatível está muito longe do Alto da Gloria. Mas apenas questiono vitórias como esta, onde quase jogamos fora uma vitória obrigatória e necessária. Dando um pênalti, mais uma vez infantil ao adversário, que por sorte não resultou em gol. Sem levar em conta que dos 95 minutos de jogo, mais de 40' o Paysandu jogou com um homem a menos. Ainda assim quase entregamos o ouro aos bandidos.
Como confiar num time assim? Só mesmo com o discurso de vestiário, onde Eduardo Batista agora prega o positivismo, vendo uma evolução onde sinceramente não vejo.
Pra buscar algo otimista, temos para festejar Guilherme Parede, talvez vivendo finalmente a melhor fase de sua carreira e Uillian Correia que parece se encaixar bem no time.
Enfim, uma rodada de cada vez... agora o Guaraní, na segunda feira, às 18 horas, em Campinas. Querendo acreditar finalmente numa vitória fora de casa, mas nosso histórico não me permite a estes luxos de apostar no melhor. Parece que ainda estamos longe do que é necessário para subir.
Me pedem uma paciência que já se foi há muito tempo.
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