Arquibancada
A incoerência deve ser a irmã pobre do futebol. Porque até a semana passada, eu que apoiei incondicionalmente o trabalho de Mozart no Coritiba, agora torço o nariz. Dizia que era o cara certo para este momento que vive o Coxa. Incoerência minha e de grande parte da torcida. Mozart quase unanimidade entre nós, agora com reprovação, por conta dos tropeços do time.
A sua paixão pública declarada por Bianqui, foi aceitável, porque pelo menos achei que em algum momento, o treinador tinha seus motivos que eu e a torcida ainda não tínhamos visto. Um milagre, talvez, porque desde que chegou, ainda não convenceu.
Não só Mozart, mas os treinadores anteriores a ele, também revelaram uma certa predileção pelo jogador.
Estes dias ainda disse numa live COXAnautas que confiava no trabalho de Mozart porque no mínimo deve entender de futebol muito mais do que todos nós. Não é possível que só nós torcedores não enxergamos a qualidade do futebol de Bianqui. Mas para isso Mozart abre mão do único jogador com habilidade acima da média do grupo, como Josué, para optar pela escalação de Bianqui. Argumenta que é mais adequado para determinado tipo de jogo que Josué. Fato é que não se abre mão de talento, principalmente quando não há oferta.
Josué precisa ser titular, sempre. A qualidade do elenco do Coritiba, não lhe dá uma segunda opção na forma de jogar, Mozart. É Josué, Morisco, João, Ronier e Rafinha. Se vira com os outros seis. Se tem uma coisa que tá fácil fazer no Coritiba, é escalar o time que sai jogando, independente do adversário, porque não há opção.
Pensando sobre esta saga de treinadores apaixonados por Bianqui, que usam o Coritiba para seus experimentos: acho que quando topam vir, avaliam a história do clube, o desafio de acordar um gigante e, principalmente, ter a grande oportunidade de fazer experimentos, justamente pela falta de qualidade. De tanto que já erraram, em algum momento um deles acerta, coloca finalmente o Coxa no currículo e ganha o mundo.
Enquanto isso, nós em oração, vamos lambendo nossas feridas, achando que em algum momento estes caras consigam a multiplicação do pão, dos peixes ou que finalmente a água vire vinho. Enquanto isso não acontece, vamos colecionando vergonha atrás de vergonha
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