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Sergio Brandão08/01/19, 09h07
Arquibancada

Time novo, velhas ideias

Um time praticamente novo é o que terá o torcedor neste 2019, mas ainda passando longe do que seria um 2019 mais seguro e menos irritante. Neste caso, o novo não representa qualidade. Seria como celular quando começa a dar pau. Você leva na oficina, o cara arruma, mas logo volta a dar problema. No caso do Coritiba, acho que nossos problemas recomeçam no próximo dia 20, na estreia do Regional.


De novidade mesmo, temos uma conversa mais humilde, mais pé no chão, mas ainda longe do que seria recuperar os anos perdidos com Cirino, Bacelar e agora com Samir. Pé no chão é exatamente a humildade que a torcida Coxa não quer. Saudades da ousadia, do time que se impunha, fora ou dentro de casa, esbanjando qualidade, batendo de frente com o adversário que fosse.

O que eu já disse aqui em outras colunas, se confirmou na tarde de ontem (7) na apresentação dos novos contratados e na coletiva dada por Samir, publicada na Tv Coxa, disponível do site do clube.


Sobre os atletas recém chegados, nenhuma novidade, foram apostas em nomes de nível duvidoso, mas que com um pouco de sorte, podem fechar um conjunto razoável, assim como foi com o Paraná Clube quando subiu em 2017. Uma marca de Pastana por onde passa, montando times baratos, terminando suas competições com mais sorte do que juízo, na maioria dos casos. Acho bom darem início às romarias à Perpétuo Socorro… para que Pastana seja iluminado mais uma vez. Orações são bem-vindas a partir de agora. Reatem suas relações com seus santos, se é que acreditam na força deles agindo sobre o futebol.


Na coletiva Samir se ateve a revelação de alguns números, cobrança sistemática da imprensa no encontro.

Falou em 12 mil sócios que geram uma receita próxima de 13 milhões, que hoje é a principal fonte de arrecadação do clube. Segundo Samir, historicamente este número oscila para melhor se o time apresentar algum rendimento positivo, chegando às finais do paranaense e alcançar a Copa do Brasil na disputa com os clubes de série A, o que na verdade não é uma novidade. Mais uma prova que ainda fazem a contramão financeira no clube. Não criam atrativos no departamento de futebol, para sair com o torcedor do seu lado, logo na largada das competições. Ainda preferem correr o risco de perder o pouco que tem.

Num apelo melancólico, Samir chama o sócio para aderir ao pagamento do plano anual. Anuncia a adesão de mais de mil sócios pagando antecipadamente a mensalidade.


Sobre tv, não disse quase nenhuma novidade. Confirmou que pelo menos até agora não há negociação sobre transmissões pela Tv fechada para a segunda divisão. O que na verdade deve seguir os padrões de anos anteriores, no caso do Coritiba, com considerável queda na receita.


O ano começou meus caros e nada mudou. De novo temos apenas apostas e com razoável sorte, que é quase como uma das contratadas, teremos algum sucesso.

Pelo menos ontem, Samir se apresentou menos amador e mais experiente, mas irritantemente igualando o Coritiba a um clube pequeno, mas teimosamente o classificando como um clube grande. Pastana e suas indicações dão uma nova cara ao time do Coritiba. E isso é o máximo que Samir diz poder nos dar.

Vale lembrar que a sorte costuma estar do lado dos quem ousam. Não é o caso de Samir.

Sergio Brandão

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