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Arquibancada
A derrota do Paraná para o União, em Beltrão, pode servir de alerta, se você quiser. Sem levar uma série de questões em conta, mesmo que se considere que não era o time titular, estreia, etc, fica lá registrado na sumula o placar e os três pontos que não são somados. Muitos já começam a torcer o nariz e se não houver comando, a coisa pode não entrar nos eixos. Fácil para criar um ambiente desfavorável de derrota e o psicológico passa a prevalecer.
Aos que nos acompanham pela TV- COXAnautas, no primeiro programa do ano, no ar desde a semana passada, levantei a possibilidade de derrota neste domingo contra o Prudentópolis. Levando em conta uma série de questões, muito parecidas com a do Paraná, o Coritiba pode ter sim a sua vida complicada pelo Prudentópolis. E se assim for, a vida que não promete ser fácil, fica mais difícil ainda. Um passo para começar uma crise e as cobranças da uma minoria, é verdade, começam a tentar desestabilizar o ambiente que ainda é sereno no Alto da Glória.
Todo o cuidado será pouco aos comandados de Sandro Forner. Uma vitória simples tira o peso da estreia, mesmo sem um futebol brilhante. Coisa que ninguém espera, mas com placar adverso o panorama pode mudar. Entendo que esta partida em casa, precisa ser tratada como na formula-1 com o carro na liderança da prova, na última volta, com pista molhada. Todo cuidado é bem-vindo. É melhor que sobre cuidados com este momento do que falte e percebam isso mais adiante, como vem acontecendo até com alguma regularidade nas administrações passadas. Quando acordam, a vaca já foi pro brejo.
Vale lembrar que será a estreia não só de um time, mas de uma filosofia de trabalho, que vai desde o comando administrativo ao comando técnico. E todo o cuidado precisa ser tomado para que neste começo a paz continue reinando no Alto da Gloria.
O ambiente é novo e precisa ser cercado de cuidados extras que só quem vive o dia a dia, sabe onde atuar. Se ainda trabalham com psicólogo, que há anos faz parte da folha de pagamento do clube, quem sabe não seja este o momento para uma palestra com o grupo para criar um ambiente favorável de pré-estreia.
Uma derrota para o Prudentópolis, seria um belo de um ingrediente a já famosa impaciência da torcida. Criaria uma nova situação, que alimentaria ainda mais os abutres de plantão.
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35 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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