Arquibancada
O Coritiba está sendo capaz de dividir sua torcida em muitas manifestações. As principais, a dos torcedores que não se iludem, conhecem um pouco de futebol, mas querem o acesso a qualquer preço… os incondicionais que acham que tá bom assim e futebol é isso mesmo e colocam o clube acima de tudo e de todos. Assim vai, com muitos outros sentimentos que passam pela paixão, amor, um passionalismo que muitos não entendem, mas que sempre habitou o mundo do futebol.
Não sei se por ter trabalhado com o jornalismo esportivo ou ter vivido um período completamente diferente do de hoje no futebol, mas tenho tido muita dificuldade em aceitar a qualidade do que me oferecem agora. Claro que quero o Coritiba na elite do futebol brasileiro, mas me dou ao direito de reclamar da qualidade do time que me dão para torcer. Na verdade, até já me conformei com o que tenho visto, porque a baixa qualidade não é exclusividade Coxa-Branca. O problema é que é impossível gostar de futebol, pagar para ajudar a manter o clube, ir aos jogos, sofrer e voltar para casa, me enganando, me conformando com os sufocos que tomamos a cada rodada dos adversários igualmente sofríveis ou até piores.
Prevalece o argumento que o que importa são os três pontos e com eles subir à Série A. Mas me reservo ao direito de entender que o que está sendo jogado nesta série B deveria ser chamado de outra coisa, mas não futebol. Futebol foi o que vi há muitos anos. O que estão fazendo hoje com a bola, deveria ter outra denominação, (já disse isso aqui em outra oportunidade).
Em comum, temos o desejo de querer o Coritiba entre os grandes do Brasil, porque se a qualidade lá, também não anda grande coisa, pelo menos voltamos ao nosso lugar e de lá nunca mais sair, para honrar nossa centenária história, a estrela de campeão e ao lado dos outros 19 clubes, recuperar a qualidade que o futebol brasileiro sempre teve.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)