Arquibancada
Chapecoense
Todos os nossos problemas ficam pequenos e desaparecem diante da tragédia anunciada esta madrugada. O acidente com o avião que levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia, vitimando quase todos os ocupantes da aeronave, deixa mais uma macha no mundo do futebol.
Não há muito que ser dito, mas impossível passar por aqui e não deixar o registro da minha solidariedade e o meu desejo de força e muita luz, de conforto a familiares, ao povo de Chapecó e a seus torcedores.
Coritiba
Um público acima da média deste ano. Pouco mais de 13 mil pessoas no Couto em mais uma noite no mínimo lamentável. Daquelas para esquecer. Ou melhor, não esquecer, pra nunca mais repetir. Para que sirva de exemplo para não fazer de novo. Terminamos o ano da mesma forma que os anos anteriores, outros campeonatos, achando e apostando que no ano seguinte teremos um time melhor.
Dois momentos para registrar em maiúscula noite de derrota: o primeiro momento foi a que vi logo na entrada pela Mauá, chegando ao Estádio. Me deu a sensação da volta de uma torcida que anda sumida, mas louca para ter motivos para gostar do seu time e voltar a frequentar o Couto. Uma apresentação convincente parecia selar esta relação, mas não foi o que aconteceu, mais uma vez.
O segundo motivo, a mesma torcida que fazia fila lá fora, aos 40 minutos do segundo tempo, já saia do estádio, de novo decepcionada. Quem ficou aproveitou e vaiou. Não pelo resultado de 0 x 1, mas era possível perceber que a vaia era mais um desabafo, pelo que foi o Coritiba o ano todo.
Ficam pelo Couto os ecos de uma vaia. Que ecoem todos os dias para que dirigentes e funcionários ouçam quando chegarem ao trabalho. Que a vaia ecoe numa demostração de insatisfação da torcida, reprovando mais um ano de fracasso. Mais um ano com absolutamente nada para comemorar, mas mesmo assim ainda com esperanças de dias melhores.
Dias que já batem em nossa porta. Em um mês e pouquinho, começa a nova temporada.
2017 já ganha uma movimentação bem razoável das equipes grandes. As que melhor se preparam e contam com dirigentes profissionais e que conseguem ter uma visão mais estratégica.
Os grandes nomes, os mais cobiçados parecem movimentar alguns clubes. Santos, Palmeiras, Atlético Mineiro, Flamengo, já ocupam o noticiário, exibindo contratações ou pelo menos interesse nestes atletas considerados de ponta.
No Coritiba, certo mesmo é um treinador e a renovação de contrato com Kleber. De resto, a base deste ano deve ser mantida. Quem sabe umas dispensas, mas problemas pontuais, já crônicos, ainda parecem distantes de solução. Aquele jogador que pode fazer a diferença, o companheiro de Kleber na frente, um ou dois meias, ainda parecem passar longe do Couto Pereira. Isto para falar do mínimo que se espera para uma temporada razoável. Se for para pedir um time competitivo então, nem pensar.
O momento é para começar a limpar a prateleira e repor com qualidade o mais rápido possível.
Sair na frente significa começar as contratações agora. Aliás, o trabalho de bastidores já deveria ter começado. Espero que já esteja acontecendo.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)