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Arquibancada
Como algumas perguntas no futebol nuca terão respostas, ainda me iludi com o presságio da camisa e da bandeira do Coritiba entre os vencedores da Liga dos Campeões da Europa, no sábado, logo que o Barça se sagrou mais uma vez campeão.
O torcedor ainda teve o cuidado de se posicionar exatamente com a bandeira do glorioso, cuidadosamente colocada ao lado do maior do mundo, estendidas lado a lado : Coxa e Barça.
Coritiba para o mundo, o Coxa para que todos o vejam onde ultimamente não merece estar, mas onde seu torcedor gostaria de ver. Uma força que sabemos há muito tempo nós temos, mas que falta entre os que comandam, mandam e decidem o futuro do clube. Uma força que ultimamente vem só da arquibancada.
Ter o Coritiba ao lado do Barcelona, só mesmo pelas mãos de um torcedor, foi o que pensei logo que vi alguém vestido com a camisa e na sequência aparecer com a bandeira.
A atitude do administrador de empresas, Carlos Eduardo Vianna Santos, pendurando a bandeira do Alviverde no Estádio Olímpico de Berlim, faz a imagem rodar o mundo, através das agências de notícias.
Mais tarde soube que Carlos Eduardo Vianna Santos, é vice-presidente do Conselho Deliberativo do Coritiba, e que foi deliberada a sua atitude, e lhe custou um trabalho sobrenatural expor a bandeira do Coxa daquela forma tão ostensiva, naquele momento da festa do futebol mundial.
O mesmo esforço que todo torcedor um pouco mais apaixonado teria certamente, mas que como membro do conselho, como vice-presidente do Conselho Deliberativo do Coritiba, acho que Carlos deve se esforçar ainda mais também para evitar mandos e desmandos frequentes dentro do clube.
Quando vi (primeiro a camisa) pensei: é um presságio. “Coritiba ao lado do Barcelona, em mais esta histórica conquista, nos dá vida nova a partir de agora. É a sorte que ainda não tivemos e que precisamos neste Brasileiro de 2015. Estar ao lado de Barcelona e Juventus, é especial”.
Sim, é exatamente isso que você pensou: estamos nos apegando onde dá. Igual a um naufrago, se agarrando em qualquer pedaço de pau pra não morrer afogado.
Nada contra o descanso, das prováveis férias merecidas do vice-presidente do Conselho, na Alemanha, e muito menos responsabilizá-lo pela atual situação do Coritiba, mas não consigo deixar de lembrar que enquanto isso, o Conselho Deliberativo deve ter coisa mais importante para deliberar por aqui, especialmente agora, quando o Coxa vive uma das piores crises internas de sua história. Mais importante que expor a bandeira do clube numa decisão da Liga dos Campeões, na Alemanha, deve estar acima disso a nossa “roupa suja “ pra ser lavada. Quem sabe se o vice presidente demostrasse o mesmo empenho nas suas deliberações, com a bandeira sobre a mesa do Conselho, o Coritiba estivesse em melhor situação?
Mais importante que ver a bandeira do Coritiba exposta para o mundo, gostaria de ter resgatado antes o respeito que já tivemos, com uma administração competente, livre de vaidades, preocupada e sempre priorizando a instituição Coritiba Foot Ball Club.
Sem mais para hoje.
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0 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
