Arquibancada
Mais importante foram mesmo os três pontos. Mesmo que tenhamos abusado do direito de errar, também do direito de tomar pressão durante o jogo todo. Mesmo assim, o Flamengo não achou o caminho do gol e chegamos a mais uma vitória, alcançando a impressionante marca de uma invencibilidade de 7 partidas, com 4 vitorias e três empates. Quem diria? Os ventos estão mesmo soprando diferente, não há como negar.
É preciso reconhecer os responsáveis por esta façanha, levando em conta sempre que temos apenas um time brigador, mas sem técnica alguma. Nas coletivas Marcelo Oliveira lembra sempre, com toda a sua educação mineira, que é preciso melhorar o passe, fundamento do futebol. Passar a bola, jogar futebol ninguém ensina. Ou sabe e aprimora ou não sabe e vai fazer outra coisa na vida. Isso sou eu que digo. Mas que no fundo é o que Marcelo Oliveira acaba dando a entender.
Com algumas exceções, com algumas percepções, acabamos chegando no ponto que estamos. Temos um treinador que percebeu e treina esta valência da bola parada que tem feito a diferença. A responsável em mais de 80% pela boa produção do time nesta arrancada que deu a partir da vitória contra o Cruzeiro, quando finalmente conseguiu sair do atoleiro que se encontrava.
Rildo, Carleto e Cleber Reis, os principais responsáveis por esta façanha alviverde, estarão fora do time na próxima rodada, contra o Atletico MG, domingo em Belo Horizonte. Márcio é o natural substituto de Cleber Reis. Willian Matheus deve ser o substituto de Carleto. Mas quem entra no lugar de Rildo? Se for coerente, Marcelo deve usar Getterson, mais uma vez, mas por absoluta falta de opção. Ou Marcelo Oliveira deveria inventar, tentando colocar Kleber e H. Almeida na frente, com o Gladiador mais pela esquerda? Lembro de um ou dois jogos que entramos assim e não funcionou.
Como mais uma vez um pontinho será muito bem vindo, quem sabe não seja interessante jogar bem fechado, buscando apenas o empate? Como fizemos em casa contra o Flamengo. Apostar numa bola e se voltar pra casa com mais um milagre, ir direito pra Igreja de Perpetuo Socorro e agradecer, não só a mais um milagre, mas à força dos céus que anda com muita piedade de nossa sofrida torcida.
Não é possível encerrar um texto pós –jogo, sem lembrar de São Wilson, que a esta altura passa do limite e da compreensão de todos nós. A denominação de SÃO, não é força de expressão, mas também não pode ser creditada ao Sobrenatural de Almeida. Wilson precisa ser respeitado e visto como o que há de melhor neste elenco. Além do talento, sua dedicação e seriedade estão fazendo a diferença. Uma partida sem Wilson é impensável. O Coritiba e os resultados seriam outros.
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