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Arquibancada
A graça do futebol parece mesmo não ser a unanimidade. Uns sabem lidar bem quando contrariados, outros não. A diferença em muitos casos é conseguir entender quando de fato algo está fora, longe do acerto.
No caso de Pachequinho, não se tratava mais de competência, teimosia ou conhecimento. Na minha opinião, Pacheco tinha que sair pra mudar, era preciso criar um fato novo.
A vinda de Marcelo Oliveira, além de impor o seu jeito no time, terá sua experiência, sua bagagem a favor, uma das poucas com tanta rodagem entre os treinadores em atividade. Isso me parece importante neste momento para o caso em especial que vive o Coritiba.
Vejo que muitos aqui ainda levam em conta os dois insucessos na Copa do Brasil e, outros trabalhos recentes, em clubes grandes, sem sucesso de M. Oliveira.
Não considero nem um e nem outro argumento. Ainda prefiro achar que Marcelo Oliveira é o melhor para o Coritiba, pela sua experiência e também por ser um fato novo. Deve ter sido avisado que vai ter que tirar leite de pedra.
Nas últimas partidas tivemos uma defesa vulnerável, um meio de campo que nem protege e nem cria e um ataque que não sabe chutar em gol. Talvez dando novas funções a cada um destes jogadores, a coisa mude de figura. Mais que isso talvez seja achar a função ideal com a característica de cada um, sem invenções, sem improvisos, garantindo acima de tudo a titularidade de cada um, coisa que não tinha com Pacheco.
Marcelo Oliveira precisa ganhar tempo, saber desde já quem é quem e o que cada um pode dar ao Coritiba. M. Oliveira precisa começar seu trabalho escalando um time titular, se possível sem erros, para não perder tempo com correções e acertos mais na frente. Não terá tempo pra isso. Porque o sonho precisa ser maior, ainda.
O Coritiba pode ter um novo campeonato a partir de agora. Será sua última chance, mas precisa saber que campeonato quer fazer? Como eu já disse estes dias na TV- COXAnautas: ser campeão a esta altura é fora de questão, brigar por uma das 4 vagas da Libertadores, ainda dá, a sul-americana é obrigação, brigar para não cair, nem pensar.
Esta nova chance de começar um campeonato com o primeiro turno quase acabando, é o espírito que precisa ser incorporado por todos, no CT da Graciosa e no Alto da Glória.
Experiências novas aguardam Marcelo Oliveira no Coritiba, quase de mágico de circo, é o trabalho que terá o novo treinador.
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32 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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