Arquibancada
Assim como Alex, que chegou de helicóptero, como grande contratação naquele ano de 2012, depois de anos, ou nunca na vida Coxa - alguém com tanto nome assim, foi recebido no Couto com tanta festa, como a que fizeram para Alex quando voltou.
Só mesmo no Coritiba aquilo seria possível. Revelar ao mundo do futebol um craque, vender para consumo interno a um preço bem acessível, para depois ganhar o mundo, fazer parte das constelações que o futebol brasileiro revelou, e só ao final dos seus dias, com a bola ainda sob controle dos pés, encerrar a carreira aqui no clube que o revelou.
Foi muito bom. Foi um marco na história do Coritiba, que na época vivia com a auto-estima em baixa. Entre as muitas façanhas de Vilson Ribeiro de Andrade, sem dúvida a vinda de Alex foi uma delas.
Aos gritos de o “capitão voltou”, o namoro não deu certo porque junto surgiram problemas sérios de relacionamento entre o Vilson com o próprio Alex.
Naquele dia da chegada de Alex, que veio do céu, embarcado num helicóptero ali no Barigui, o Couto via pela primeira vez uma grande festa de recepção, preparada para receber um ídolo. Os três anéis da entrada do estádio, se encheram das cores do clube para recepcionar o “menino de ouro”. Festa digna dos grandes clubes quando anunciam a contratação de um grande craque.
Para ser otimista, dá pra classificar que a volta de Alex ao Coritiba, foi bastante turbulenta. Não por culpa de Alex, mas as expectativas não se confirmaram.
O time dado a Alex não estava à altura do menino de ouro que aqui encerrou sua carreira ainda jogando muita bola, mas o Coritiba não. Nem dentro e nem fora de campo. Mesmo assim, Alex encerrou sua carreira por cima. Apesar de tudo, com o clube mal administrado, ainda na primeira divisão. E Alex praticamente carregou o time nas costas, enquanto conseguiu.
Vão os dedos ficam os anéis. Foi Alex e voltou Vilson que mesmo tendo um segundo mandato desastroso, hoje ressurge como salvador da pátria para alguns. Nem contra e nem a favor. Muito pelo contrário. Torço pelo Coritiba, pelo seu sucesso.
Numa clara barganha feita na famosa e recente votação que colocou água na fervura que votou o impeachment de Samir, Vilson reaparece, ainda que timidamente, mais uma vez para tentar apagar um grande incêndio.
Se repetir suas ações do primeiro mandato, teremos mais uma vez, o retorno de um time de futebol para torcer.
Logo saberemos: se Vilson inventar helicóptero para a qualidade dos atletas que Samir e Pastana insinuam, estamos roubados.
É do profissionalismo, é da visão estratégica de Vilson, que o Coritiba precisa. Sem as pompas, holofotes e a vaidade que Vilson vai ter que administrar. A dele e dos demais comandados.
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