Arquibancada
Fui covarde. Desliguei a tv logo aos 3 minutos de jogo, antes do primeiro gol. Não sei se por intuição, ou pelo que vem jogando o Coritiba nestas últimas 4 rodadas ou quem sabe até pelos meus longos anos de Couto Pereira.
Aquele começo de partida foi suficiente pra me dizer algo além do que o time vinha fazendo até finalmente ( mais uma vez ) queimar a gordurinha que tinha feito, como fez há meses quando também teve uma situação mais cômoda dentro da classificação da série B. A sexta-feira tinha ares de mais um dia daqueles que você topa falar sobre qualquer assunto, menos sobre futebol. Principalmente depois dos 90 minutos de Coritiba x Cruzeiro.
Deitado, navegando pelo celular, as redes sociais me anunciam o segundo gol do Cruzeiro. Me acovardei ainda mais a esta altura já temendo por uma goleada. A minha intuição estava certa. Hoje, sábado (9), ainda não vi nada sobre a partida... e não vou ver. Saber do resultado me basta.
Por tudo isso, não há muito o que dizer. Primeiro porque não vi o jogo. Depois porque a esta altura, avaliar a qualidade do elenco ou atuação individual, é chover no molhado. Machuca o resultado desastroso para as pretensões de quem até agora sonhava com mais um título da serie B. Sim, eu sei, ainda é possível. Alguns são um pouco exagerados nesta questão, mas que pela enésima vez dizem que não botam mais fé no acesso e quem vão deixar de lado o apoio ao time. Pensando bem, o comportamento faz sentido se a gente levar em conta o histórico do clube nos últimos anos. Não precisa de muito para predominar a intolerância com estas situações que de fato já cansaram mesmo.
Disse em algumas oportunidades, depois das recentes partidas difíceis e sofridas, mas com resultados positivos, que o Coritiba vinha contando com a sorte que há anos esteve afastada do alto da Glória. O Coritiba estava com a sorte de campeão, disse em algumas colunas publicadas aqui. Muitas vezes fomos salvos por ela. Ontem nos deu uma lição. Disse claramente que sozinha não fará milagres. O time precisa fazer a sua parte. Coisa que não faz e vem deixando a desejar. Nem que seja com o mínimo de qualidade, o suficiente para cumprir sua missão nesta fraca série B. "Comer o alambrado", como disse certa vez o saudoso Follador, foi o que faltou ou anda faltando ao time recentemente.
Se antes era quase certa a nossa briga pelo título, agora já é possível admitir que se conseguir se segurar entre os quatro primeiros colocados, estará de bom tamanho.
A partir de agora, a perna vai tremer, o excesso de respeito pelo adversário será exagerado e a aproximação do segundo, terceiro e quatro colocados -hoje bem mais próximos- exercem uma situação que o Coritiba nunca soube lidar. Mantemos uma máxima incorporada à vida de todo Coxa -Branca, e que volta a ser mais um adversário a partir de agora: vencer a pressão. Resta saber se a sorte também estará por lá para fazer o contrapeso.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)