Arquibancada
Sidinei, o cara que desenhou o escudo do Coxa numa camiseta branca, foi fotografado vestindo ela dentro de um ônibus em Curitiba e acabou ganhando as redes sociais, graças a alguém que percebeu o inusitado e expôs a interessante história.
O resultado foi imediato e inesperado, pelo menos para o Sidinei que não só vai trocar a camisa improvisada por uma oficial como ganhou também uniforme completo, agasalho e foi convidado pelo clube para assistir no Couto Pereira, na próxima semana, Coritiba x Internacional. A camisa foi dada por Natanael, o lateral.
Quem sabe, com um pouco de sorte e se o vento virar, a gente também não ganha o Sidnei como amuleto e ele vire o nosso símbolo da primeira vitória, que conte a partir de agora uma nova história, a da virada desta página Coxa-Branca. Torço muito por isso. Não só pelo Sidnei e pelo Coritiba, mas pela simbologia toda que uma história destas representa neste momento.
Desprovido de toda a vaidade que possa ter um ser humano, vestindo uma camisa que certamente muitos, por vergonha não usariam, na sua simplicidade, Sidnei não só se expôs, como deixa uma bonita lição, que deve servir como mantra a ser seguido, principalmente por quem representa a camisa oficial que o Sidinei reproduziu desenhando com caneta o escudo do clube.
Há nesta atitude um sentimento que talvez esteja faltando no Alto da Glória. Se alguém entre os jogadores for capaz de entender o tamanho do que Sidinei fez, então, mesmo sem querer, ele já terá ajudado o Coritiba, muito mais do que podia supor.
Que a camisa oficial cuidadosamente planejada bordada, concebida por desiners, tenha finalmente a sua importância entendida por quem deve representá-la em campo. Respeitá-la como a torcida a denomina, carinhosamente chamando de manto sagrado.
Obrigado, Sidinei! Talvez você tenha deixado uma lição. Se não tiver efeito em campo, pelo menos recuperou em mim um pouco do orgulho de ser Coxa- Branca.
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