Arquibancada
Com o mesmo time que Antônio Oliveira, Antônio Carlos Zago conseguiu evoluções, mas parece ter chegado no limite. Mais evolução daqui pra frente só será possível com qualificação do elenco. E isso só em julho. Até lá, é preciso baixar a bola, continuar tocando para os lados, atrasando para o goleiro, como sempre fez, porque daí pra frente, o risco de tomar mais “sapecadas”, me parece iminente.
Mesmo que esta verdade doa mais do que tem doído, a realidade do Coritiba é esta. Por isso, avaliar o elenco SÓ a partir do treinador, pela qualidade de um ou de outro, é perder tempo e se desgastar desnecessariamente.
Não há rivalidade entre eles, ninguém mede forças pessoais naquela área técnica. Não tem treinador que resolva os problemas de qualificação no futebol, um esporte coletivo que junta 11 marmanjos e tenta dar a eles uma compreensão tática. Se não há qualidade, inteligência e entendimento do que quer o treinador, nem Telê Santana, Ênio Andrade ou Tim, dão jeito.
Só nós torcedores de arquibancada vivemos uma realidade diferente, querendo ou precisando entender o contrário disso.
Sim, quero dizer que se a gente vencer o Cuiabá, será um grande feito. Se perder ou empatar, será um resultado normal, porque será Cuiabá x Coritiba e não Antônio Oliveira x A. C. Zago. Zago não tem uma bala de prata para esta partida. No máximo pode contar com mais uma ligeira evolução, como a que temos visto de umas rodadas para cá. Com um pouco de sorte quem sabe a vitória não venha desta vez? Mas não dependerá só do treinador, embora para alguns seja ainda mais dolorido perder mais esta e desta vez com ares de deboche, do antipático e arrogante Antônio Oliveira.
Não é por acaso que cito com frequência uma frase de Edu Coimbra quando treinador do imbatível time do Coritiba de 1989: “aqui sou mais psicólogo do que treinador. Distribuo camisa no vestiário”. E, tanto Zago quanto Antônio Oliveira, vivem situação oposta a de Edu. Além de assumirem seus papéis de treinador, precisam criar uma mentalidade vencedora nos dois times que são bastante limitados. Pra usar uma expressão antiga, esta próxima rodada do Coritiba, será uma briga de foice no escuro.
Reconhecer esta limitação irrita, principalmente porque ainda resta dentro da alma Coxa, o sentimento vitorioso, da grandeza que um dia fomos, mas que ainda voltaremos a ter.
Pra cima deles, verdão, mas com MUITA cautela!
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