Barulhos do Couto
Hoje, conversando com os amigos sócios COXAnautas no telegram, lembramos de momentos inesquecíveis no Couto Pereira e fora dele também. Como Alexandre de Pol mencionou, “são as dificuldades que transformam a torcida” e isso é muito verdade.
Vou relatar alguns exemplos (que valeriam um programa específico, já que resenha não falta), e você pode escrever seu momento histórico nos comentários:
- Lembramos dos públicos absurdos nos jogos contra o São Paulo em 1998 e Marília em 2007. Lembro que contra os paulistanos éramos 3 pessoas por andar na Império, coisa maluca, cogito termos mais de 60 mil naquele espetáculo;
- Sobre títulos alguns de nós tiveram a sorte de assistir o Coxa campeão em 85 ou 89, mas o título que tirou lágrimas dos olhos foi no Pinheirão em 1999 quando quebramos o jejum de 10 anos. Emoção com paranaense? Só para quem ama um clube de verdade;
- As lágrimas também ficaram no jogo contra a Portuguesa em 98, como o Juliano Werner escreveu quando nossa torcida fez o coro de “Coxa eu te amo”, mesmo com a derrota. “Mesmo ganhando, mesmo perdendo, sou coxa branca de coração!”;
- Clássicos sempre foram alegrias: o chocolate de 5x1 no Domingo de Páscoa ou então o jogo de acesso à primeira divisão contra os poodles. Momentos únicos (assim como os vários silêncios no Condor da água verde... lembram daquele orquestrado por Tuta?;
- Na final da Copa do Brasil eu morava no Rio e fui a São Januário no primeiro duelo. Jogo foi parelho, jogamos bem e nossa torcida gritava sem parar. Já no segundo assisti pela TV em casa, com amigos coxas que tamém moravam no Rio. Foi uma gritaria no bairro de Botafogo quando o Coxa marcava seus gols, era como se estivéssemos em Curitiba. Não rolou, pena, mas e daí?;
- Já o sócio Nemo relembrou o jogo de 2003 na final do paranaense contra o Paranavaí com público passando possivelmente 50 mil espectadores. E o cara (piá na época com 12 anos) teve a impressão de que o Edu Sales olhou pra ele antes de arrematar a gol e fazer um golaço. Tem coxa mais doido que isso?;
- Conversamos também sobre levar borrachada da polícia, latinha de cerveja arremessada em Marcelinho Carioca, torção de tornozelo em gol alviverde, enfim amigos coxas-brancas, como temos história com nosso eterno campeão!
Isso é Coritiba! Somos muito mais do que títulos ou fama em rede social. Somos um clube de verdade, com uma torcida honesta, apaixonada e que não abandona nunca! Levamos canetadas da CBF e aqui estamos, colocando 30 mil pessoas no Couto numa partida contra time de série B. E digo tudo isso com um orgulho imenso de que jamais seremos uma torcida da moda, de momento, de pequenez social. Merecemos mais? Com absoluta certeza! Porém somos capazes de ter a maior média de público mesmo nas maiores adversidades. Trata-se de uma fidelidade genuína e honremos isto!
Voltando ao momento atual, acredito que a SAF veja exatamente estes pontos. Os investidores compreendem o tamanho e a paixão da nossa torcida. Sabemos que um clube não consegue se manter na série A sem verba, é impossível, e não temos outra saída. Porém confio nesta diretoria (muito mais na parte financeira do que no futebol), logo a SAF deve estar em boas mãos. E felizmente enxergo uma luz verde no fim do túnel para um Coritiba maior, mais forte, mais vencedor para gritarmos juntos que: uma vez Coritiba, sempre Coritiba!
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