Barulhos do Couto
É dureza torcer para o Coritiba, tanto no fim do poço como no topo da montanha.
Antigamente lembro de ir aos jogos sabendo quem eram os jogadores do elenco e apoiava o que tínhamos. Alguns tantos atletas eram abaixo da média, mas não importava, o lance era apoiar o Coritiba até o final do jogo e, caso a vitória não viesse, aplaudíamos o esforço coletivo. Vaiávamos se víamos falta de vontade, isso sim.
No último jogo não ouvi vaias em demasia, pelo menos pela televisão não foi possível notar, mas soube que teve atrito entre Dellatorre e torcedores. Erro crasso. E sem falar na quantidade de blá blá blá contra o Mozart... completamente sem motivo, na minha opinião.
Mozart colocou o Coritiba com um elenco modesto na ponta da tabela. Fechou o grupo como não víamos há muito tempo. Escalou para começar o jogo a equipe que então era líder do campeonato, sem inventar e mantendo as posições dentro da normalidade, principalmente para “sentir” a partida e não colocar o João na fogueira num Couto lotado. Cóser fez a parte dele anteriormente na direita, nada errado em manter ele ali. Por sinal, a melhor chance da partida para o Coritiba aconteceu no primeiro tempo, mas Ronier perdeu com gol aberto (imagine se fosse um dos centro-avantes). Por sorte, Ronier tinha uma gordura pra gastar, mas o piá tem que melhorar a pontaria (o que faz parte, vai melhorar cada vez mais).
Infelizmente a vitória não veio e faz parte. Derrotas virão, e aí, como a torcida vai interpretar?
Caro torcedor, somos o melhor visitante da série B. Qual foi a última vez que fizemos uma campanha tão boa fora de casa? Parece que é necessário achar erros o tempo todo, num coletivo de fracasso constante. As pessoas precisam ver e entender o todo. Eu fiquei “triste” de não ver o Coxa vencer, mas dormi satisfeito porque meu time buscou a vitória e lutou o jogo todo. Simples assim.
PS: no fundo do meu pensamento acho que quero o Mozart fora do Coxa na série A, não pelo Coritiba, mas pelo Mozart. Parece de verdade que nossa torcida merece Antônio Oliveira e Gutos da vida.
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