Bastidores COXAnautas
É óbvio que os resultados de um trabalho geralmente refletem o trabalho em si. Seus acertos e erros vão, fatalmente, se transformar em resultados.
No futebol é um pouco diferente. Nem sempre um bom trabalho traz resultados. Basta outro trabalho de um adversário ter um resultado melhor que o seu e o resultado pode ser frustrado.
Eu entendo isso.
Por isso tento me ater não aos resultados, mas aos indicativos, ao todo, ao rendimento, aos números em geral.
O Coritiba de 2018 começou nos trazendo um resultado. Fomos para a final do campeonato mesmo de forma imerecida. Naquele dia, senti um alívio, pois com o trabalho que eu estava vendo, o que veio foi lucro. Mas esse resultado não me iludiu.
Torci no segundo turno para que mais uma vez o resultado viesse. Afinal, sou e sempre serei Coxa-Branca e sempre torcerei por vitórias, como diria meu avô, até em par ou ímpar, quando envolvesse o Coritiba. Mas o resultado foi pífio, patético, horrível. Nós perdemos para times inexpressivos.
Aquele resultado inesperado do primeiro turno não aconteceu e nossas fragilidades estavam cada vez mais expostas. Time sem jogadas, sem lances de gol com bola em movimento, só com chutão e desespero, jogando fechado em casa, contra times menores que a gente.
Havia o alento de estarmos na final.
E, talvez em um jogo que, apesar de defensivo, foi uma das atuações mais aplicadas e regulares do time nesse ano, conseguimos um placar mínimo que nos dava a vantagem. Claro, mais uma vez de bola parada, pois não tínhamos poder algum de ataque. Contamos com a defesa, e só.
Diz o ditado que quem joga para empatar, perde. Mais um jogo, agora na casa do adversário, que com certeza, como foi dito na TV COXAnautas, seria muito mais difícil que o primeiro jogo.
O Coritiba parece que foi com a mesma proposta, mas não teve a mesma regularidade. Jogadores nervosos, parece que querendo armar situações de briga para parar o jogo, não conseguiram manter a cabeça no lugar e tomaram um gol ainda no primeiro tempo, que exigiria uma postura diferente no segundo, pois a vantagem já era.
Mas nosso time não tem poder ofensivo algum. Como era previsível, sempre que o Coritiba precisou buscar resultados nesse ano, foi um Deus nos acuda, apenas contando com a sorte.
E eu torci... queria que saísse mais um gol do além pra nos salvar.
Mas como previsto, não foi o suficiente. Tomamos mais um e não conseguimos nem tentar reagir.
O time do Coritiba hoje está fraco. O Coxa como O time grande da série B, com o que tem a apresentar não vai impor medo em ninguém. Estamos no mesmo nível da maioria. Vamos contar com a sorte.
Não é questão de resultado, pois mesmo que o Coritiba fosse campeão, os jogos dizem tudo. Precisamos de renovação. Precisamos de mudanças.
A série B sendo disputada com o que temos hoje é temerosa. O Coritiba parece não ter noção do equilíbrio que é essa competição. Não tem time bobo. Geralmente 5 vitórias separam o acesso e o descenso. E o Coritiba hoje, mediano, nos traz medo. Precisamos acordar.
O presidente tinha dito que caso chegasse abril e desse tudo errado, dava tempo de refazer tudo. Então a hora é agora, a hora é hoje.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)