Bola de Couro
A apresentação do Coritiba no sábado contra o Atlético MG foi lamentável, em especial na segunda etapa, lembrando o terrível jogo contra o Santos, quando tivemos uma atuação desastrosa que parecia que teria servido como um marco a propiciar reação a partir de então. Infelizmente, continuamos em uma espécie de balança na qual ora subimos e ora mais descemos.
Na semana passada escrevi que embora todas as derrotas fossem lamentáveis, a sofrida contra o Cruzeiro nem tanto, pois a equipe se apresentara muito bem e não fossem erros de arbitragem no mínimo teríamos conseguido um empate.
Mas sábado, a derrota foi sofrida tanto por ser derrota como pela péssima desenvoltura do time.
A entrada do Marcos Aurélio foi um desastre. Claramente acima do peso, leniente, sem condições físicas e em consequência sem técnica, se é que ainda a tem. Curioso é ler o Ney Franco afirmando que “Marcos Aurélio foi opção minha”. Como assim? Então algumas escalações não seriam opção do técnico? Afirmação estranha para justificar o erro grosseiro.
Infelizmente o Leandro Silva, que parecia ter consertado o antigo problema da ala direita foi patético em dois lances fundamentais. No primeiro chegando um pouco atrasado e colocando a bola contra o próprio gol, e no segundo chutando o vento de modo a deixar o adversário escolher o que fazer. Mas cabe uma pergunta que talvez atenue um pouco a sua pífia atuação. Onde estavam os zagueiros nos lances, que ocorreram no meio da área?
Como estou fazendo uma pergunta, deixo duas outras para os amigos leitores me ajudarem se tiverem as respostas.
Quando foi a última vez que o Coritiba fez gol em cobrança de falta? Ou até mesmo em lance que derivasse de cobrança de falta?
E quando foi a última vez que fizemos gol através de cobrança de escanteio?
Respostas para quem treina – ou não – tais fundamentos.
Voltando ao jogo, mais uma vez sofremos com erro de arbitragem. Não houve pênalti. O Wilson não tocou no adversário. Menos mal, poderão dizer, que naquela altura do jogo o resultado não seria modificado, pois a partida se aproximava do final e o Coritiba não mostrava força para reagir. Mas não é bem assim. O pênalti inventado gerou terceiro cartão amarelo para o Wilson, e em consequência não teremos goleiro confiável para o próximo jogo (Vaná, até no banco de reservas me dá arrepios).
Enfim, de minha parte vou parar de me entusiasmar quando o time tiver – se ainda tiver - duas vitórias como teve contra o Flamengo e o Atlético PR. A história do campeonato mostra que infelizmente o nosso time não tem estabilidade, não é confiável e vive em uma balança na qual às vezes aponta para cima e logo em seguida para baixo. Em consequência, eu e grande parte da torcida temos o mesmo comportamento bipolar, alternando euforia e depressão.
Tudo indica que iremos nos manter em suspense até a última rodada do campeonato. Espero que não aconteça como em 2009, quando necessitávamos de vitória no último jogo. Ainda mais que será contra o Vasco...
Obs. Optei por escrever antes do término da rodada. Os resultados paralelos, bons ou ruins, em nada modificarão a expectativa sombria que o time ontem gerou. Ou melhor, se ruins a agravarão.
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