Bola de Couro
Interrompi minhas postagens no Coxanautas – ao qual retorno com alegria - em meados de 2013, ano em que, após sermos campeões paranaenses pela quarta vez consecutiva, ainda sonhávamos com bons resultados e conquistas em nível nacional em razão dos ilusórios retornos do Alex e do início fulminante no campeonato brasileiro no qual nos mantivemos por várias rodadas em primeiro lugar e com longa invencibilidade. Era, parecia, o ressurgimento do grande Coritiba com o qual sempre sonhamos.
Porém, como se fosse desligada uma tomada, repentinamente, a partir de uma vitória sobre o Grêmio em Porto Alegre no final do mês de julho, o time do Coritiba passou a jogar mal e a somar derrotas consecutivas iniciando uma decadência que culminou com "comemoração" pelo não rebaixamento com apenas 48 pontos ganhos.
Bem, pensava eu então, não haverá como piorar, ainda que se diga que o passado e o futuro parecem-nos sempre melhores e o presente sempre pior. Chegando quase ao fundo do poço em 2013, era certo que o clube reagiria e não mais nos decepcionaria como naquele ano.
Engano. Em 2014, além de não conseguir o título paranaense – sem nem alcançar classificação para a disputa final – fizemos outro campeonato brasileiro péssimo, dessa vez terminando com apenas 47 pontos ganhos e escapando do rebaixamento “na bacia das almas”. E ainda frequentando a mídia com notícias de desagregação interna e aumento considerável da nossa histórica e impagável dívida financeira.
Eleições, nova direção e novas promessas e sonhos. O ano de 2015 há que ser melhor, não poderá ser pior do que o de 2014 que foi pior do que o de 2013, que foi pior... Não haveria como afundar ainda mais. Mudanças radicais na direção e muitas no elenco.
Mas e o que vimos até agora? Perda de um dos campeonatos estaduais mais fracos da história, com derrotas vexatórias nas finais, a última no Couto Pereira, com merecida goleada. O fato, que deveria ter levado a uma autocrítica mais profunda do que a procedida, mereceu providências por parte da direção, com novas contratações para o campeonato brasileiro, a maioria insatisfatórias, mas ainda assim trazendo um fio de esperança.
E o que estamos vendo no presente? Um péssimo início de campanha no campeonato brasileiro, com manutenção assídua na zona do rebaixamento, seis derrotas em sete jogos e mais uma vez cisões na administração do clube que, se não bem administradas e superadas, poderão agravar mais a crise pela qual passamos.
Enfim amigos, retorno como jamais desejaria retornar, com nosso amado Coritiba em piores condições do que estava quando me afastei deste blog.
Ainda mantenho esperança, certamente parte da direção do clube, em especial o presidente Bacellar, agirá. Outros, se não atrapalharem já ajudarão muito. Mas muitas vezes viver de esperança torna as pessoas passivas, sendo necessário ter, como dizia Millor Fernandes, "a audácia do desespero".
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