Bola de Couro
Peço aos amigos que me perdoem por ocupar novamente este espaço em que pese tê-lo feito há apenas dois dias, quando o usual é fazê-lo em intervalos em torno de uma semana ou dez dias.
Ocorre que um fato novo e grave aconteceu e que me obriga a manifestar opinião.
Trata-se, como talvez a esta altura muitos já devem saber, das ameaças anônimas de agressão física recebidas pelo presidente Vilson Ribeiro de Andrade, via Internet, provavelmente através de emails apócrifos, conforme retratado na coluna do Leonardo Mendes Jr. ontem, na Gazeta do Povo (http://www.gazetadopovo.com.br/blog/bolanocorpo/conteudo.phtml?tl=1&id=1241531&tit=Vilson-registra-queixa-apos-receber-ameacas-anonimas-pela-internet).
Hoje, como se sabe, é muito fácil fazer um email falso, bastando preencher o cadastro de um provedor com dados irreais, desde que o CEP corresponda ao endereço indicado. Recebendo, em seguida, via celular, um login, com a utilização deste o email estará habilitado. Pessoa das minhas relações já foi vítima desse expediente, mas, tremam covardes, através de uma investigação bem feita e não muito demorada chegamos ao computador de onde partiram os emails apócrifos e ao nome do usuário, o que certamente ocorrerá no caso em que é vítima nosso presidente.
E o presidente, pela dimensão, dignidade e grandeza do cargo que ocupa – sem contar as suas características pessoais – foi muito discreto e se limitou a registrar a ocorrência policial e pedir a investigação, sem desbordar para ataques aos criminosos.
Mas eu, que não tenho compromisso com nenhum cargo no Coritiba, e nem mais com o meu de origem, pois estou aposentado, vou expressar minha indignação com palavras fortes, utilizando a justificativa que a Bíblia denomina como a “ira dos justos”.
O anonimato só se justifica quando da denúncia de crimes ou de sua autoria e o denunciante possa correr riscos à sua integridade se aparecer. Aí o bem público prevalece. No mais, é repulsivo e é a forma mais grave de se esconder atrás da covardia.
Quem usa do anonimato para fazer ameaças, além de covarde é pusilânime, repulsivo, abjeto, desprezível e outros tantos qualificativos que os leitores queiram dar.
Os que assim agiram certamente têm personalidade deformada, provavelmente sexualidade não realizada como diria Freud, e devem correr para trás das saias da mamãe quando acuados. Possivelmente têm massa fecal no lugar da encefálica. São os piores covardes, pois agem por trás, na escuridão, falam o que querem sem identificação e têm certeza(?) de que ficarão impunes. Não ficarão e o antídoto que provarão será amargo. Além das consequências penais e cíveis, receberão a repulsa da verdadeira torcida coritibana.
E se ninguém, por menos qualificado que seja, ou por pior que seja sua conduta pode merecer receber ameaças anônimas, muito menos um homem público da postura, dignidade, altivez e competência do presidente Vilson. Ainda mais quando passa por um momento pessoal difícil, enfrentando grave problema de saúde que levaria qualquer outro menos forte a ter justificativa para abandonar o barco, o qual assumiu já padecendo da doença (perdoe presidente, não gostaria de expô-lo assim, mas a situação me pareceu exigir).
Aliás, eu, se pudesse estar em Curitiba, levaria domingo ao estádio uma faixa com dizeres de solidariedade ao presidente Vilson. De qualquer modo, se mereço algum crédito junto aos amigos leitores, faço-lhes um apelo: vamos mostrar ao nosso presidente que repudiamos a conduta desses tresloucados e que estamos solidários com ele. Seja qual for o meio utilizado, cartas a jornais, telefonemas a rádios, comentários aqui nos Coxanautas, etc., mas que ele sinta a força da boa e verdadeira torcida do Coritiba.
E ao presidente, caso leia esta coluna, permita-me uma humilde sugestão. Como nossa legislação penal é branda e o crime de ameaça é de menor potencial ofensivo, levando à aplicação de pena alternativa, caso os autores sejam solventes – ou se menores seus pais o sejam – cobre indenização por danos morais. Sei que o ilustre presidente não precisa e nem a indenização não o satisfará, mas o peso no bolso dos aloprados doerá mais do que uma simples pena alternativa. Depois, bastará doar o valor recebido a uma instituição benemerente, preferentemente que se dedique à recuperação de jovens delinquentes.
Receba, presidente, a minha solidariedade e, tenho certeza, de toda a torcida do Coritiba,
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