Bola de Couro
A situação pela qual passo hoje não é nova. Já aconteceu com os melhores cronistas de todas as áreas, embora certamente eu seja um dos menores dentre tantos.
Ocorre que, não sei se pela ressaca decorrente da espetacular vitória de ontem, ou pelo vinho tomado durante o jogo – é a minha superstição – ou porque logo depois da transmissão pela TV acionei as rádios de Curitiba e fiquei ouvindo-as até que encerraram as edições esportivas, ou talvez porque fui para a cama na noite fria que marcou o início do inverno e não consegui dormir senão depois de alta madrugada, mas o fato é acordei sem inspiração para escrever.
Não sei o que dizer.
Falo sobre o excelente trabalho do Marcelo Oliveira, que já havia destacada na penúltima coluna, fundamental responsável pelo desenho da equipe ontem e pela mudança quando necessária?
Ou me refiro ao Emerson, nosso maior zagueiro artilheiro que não faz os gols porque um companheiro coloca a bola em sua cabeça, mas sim porque, como já disse em outra ocasião, fica ali por fora ou na entrada da área como quem não quer nada e adivinha aonde a bola vai chegar?
Quem sabe destaco Sérgio Manoel, na minha ótica o melhor de ontem, conclusão que, ao que parece, é a mesma da maioria?
Ah! E se me referir à segurança do Vanderlei (meu Deus, aquela defesa na falta cobrada pelo dito “fabuloso” vai de ficar na história)?
Nada disso, talvez fosse melhor destacar o Pereira que, ainda que com algumas deficiências técnicas que possa ter, é efetivo nas bolas altas, lidera os companheiros e ontem jogou como se estivesse na porta de sua casa defendendo a família contra o ataque de bandidos?
Puxa, mas o que dizer, como fazer a coluna?
Lembrei agora que poderia falar do Lucas Mendes, que foi um dos que concorreu para que o Lucas deles produzisse pouco.
Ou que tal repetir que com o Airton no time o Jonas terá que se acostumar à reserva?
Não seria melhor dar destaque ao nosso torcedor-atleta, o Willian, impecável no fechamento de espaços ao adversário?
Que dificuldade seria deixar de escrever sobre a grande partida do Roberto, ou sobre o Everton Ribeiro que, mesmo não estando em sua melhor jornada fez gol decisivo de cabeça com seus um metro e sessenta e poucos centímetros de altura?
Mas como se esquecer de citar os outros atletas e a nossa espetacular torcida, sempre o décimo-segundo jogador?
Então quem sabe fujo do comum e digo que jogamos sob uma arbitragem correta, que não se impressionou com o desejo/pressão do presidente da CBF?
Ou me refiro à excelente administração que aportou no Coritiba e em dois anos fez o clube ser visto pelo Brasil com outros olhos?
Não consegui superar todas estas dúvidas. Estou um Coxa sem inspiração, título da coluna.
Se puderem, me auxiliem nos comentários.
Sou sócio, ajudo a construir o meu Coritiba.
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