Bola de Couro
O Coritiba fez, contra o Vasco, uma de suas piores partidas dos últimos tempos no que se refere às individualidades. Começou parecendo que iria fazer um primor de jogo e derrotar o adversário com boa diferença de gols, mas a partir dos vinte minutos da primeira etapa começaram todos a jogar mal, tal como se cada um tivesse um botão “power” que foi desligado. Uma incalculável soma de passes errados e não menos incalculável soma de bolas perdidas em disputas individuais, parecendo que era uma equipe cujos integrantes jogavam juntos pela primeira vez, tamanho foi o desencontro. Sei que poderão dizer que nem todos se apresentaram tão mal assim. Concordo, um e outro não se apresentou “tão“ mal assim, mas a maioria se saiu “muito” mal e a soma geral foi de uma péssima apresentação da qual seria injusto destacar positivamente alguém a partir daquele momento do desligar do botão (antes alguns estavam bem).
Foi um dos jogos onde o menor culpado foi o técnico, ainda que insista em deixar o time com um jogador a menos quando faz entrar o Marcel. A entrada do Henrique foi lastimável, mas imagino que o Marquinhos jamais pensaria que pudesse se sair tão mal o lateral que, pelo que mostrou hoje, está anos-luz atrás do Denis. Se o seu futebol é esse que apresentou contra o Vasco, foi um desperdício a sua contratação. Ficou devendo muito.
E perdemos para um time de segunda linha, todo desfalcado e com jogadores jovens, alguns pela primeira vez na vida disputando uma partida profissional. E um time que está com o moral baixo em decorrência de uma incrível sequência de mais resultados. E um time com os salários atrasados há dois meses! (E o Coritiba, ao que consta paga religiosamente em dia). Embora o placar da derrota contra o Corinthians tenha sido humilhante, tenho que saímos mais humilhados desta vez em face da baixa qualificação e adversidades que o Vasco trouxe para Curitiba. Em tese seria uma presa fácil, mas quem o foi fomos nós.
Perdoem-me se estou sendo muito radical, mas não aguento mais tantas idas e vindas do Coritiba. Por alguns jogos parece que está nos trilhos, que o time é bom e que “agora vai” e trato de elogiar. Mas em seguida nos leva à depressão com “apresentações” como a de hoje e a do jogo contra o Corinthians, não havendo porque poupar a equipe. Futebol é momento, diz o batido jargão, e depois do jogo contra o Corinthians afirmei que o time do Coritiba não poderia ser “aquilo” que mostrara em São Paulo, supondo “o time não é ruim, está ruim”. Mas e o que dizer agora?
Espero que em um dos dois próximos jogos que restam consigamos o ponto que nos salvará do descenso e que o ano de 2012 termine de uma vez, entrando em 2013 com afastamento dos erros e encontro de soluções que levem a montar um time confiável e com postura para disputar títulos de envergadura. Não vou me entregar, mas quero que o Coritiba me ajude, faça a sua parte.
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