Bola de Couro
Em face da atitude obscurantista da direção dos rubro-negros, não pude assistir ao atleTIBA de domingo, limitando-me a dele saber pelo que ouvi e li. Visualmente, consegui apenas uns rápidos “melhores momentos” da Gazeta do Povo online.
Por isso não vou analisar o jogo, pois se o fizesse seria baseado no que os outros disseram ou escreveram, limitando-me a apenas uma rápida abordagem sobre o que pude ver daquele vídeo. E me manifesto somente agora, pois entendi que os colegas colunistas que assistiram ao jogo deveriam ter precedência nas postagens.
A primeira observação que tirei do vídeo é no sentido de que o Pereira, em eu pese não o tenha visto durante todo o jogo, mas a conclusão decorre também das suas últimas apresentações, só pode ser mantido na equipe em situações de absoluta impossibilidade de contar com outro. Ele é, assim como foi o Zambiasi, o zagueiro que é um perigo nas duas áreas. Faz importantes gols para o seu time – não tiro seus méritos no aspecto – mas deixa que aconteçam tantos quantos fez ou mais ainda. O drible que levou do menino atleticano mostra que ele não tem condições físicas e técnicas para fazer frente a atacantes velozes e que trabalhem com a bola no chão. Devemos muito a ele pelo que já fez e foi, mas todos devem saber reconhecer suas limitações e definir a hora para começar a parar. No campeonato brasileiro, entendo que o Pereira não poderá jogar, salvo situação emergencial.
E a segunda observação é que estou com medo que o Deivid esteja se conduzindo para ser outro Aristizábal, que a cada dois ou três jogos ficava suspenso por expulsões provocadas por descontrole emocional, que no caso dele sempre suspeitei que fossem propositais, pois tinha um belíssimo salário, recebeu a maior parte por antecipação e estava louco para voltar ao seu país. Mas e o Deivid, que segundo foi noticiado tem um salário fixo e outro conforme o número de partidas das quais participar? Não acredito que seja pouco inteligente a este ponto. Ainda mais que, conforme ele mesmo expôs, seu histórico registra raríssimas expulsões. O que há?
Por fim, quanto ao lance entre o goleiro deles e o Gil, mesmo que limitada minha apreciação ao vídeo, mas o vi repetidas vezes, a conclusão que tiro das imagens é a de que o goleiro adversário foi para a disputa no mínimo com brutal imprudência e o lance foi faltoso e deveria ter resultado em penalidade máxima. Revejam o vídeo e confiram que, ao se aproximar do Gil, o goleiro pula com os dois pés pelo alto em direção ao nosso jogador. Será que, como naquele momento o jogo estava 2 x 0 e tudo parecia encaminhar uma goleada o árbitro sofreu influência inconsciente no sentido de atenuar o massacre que até ali parecia que viria? A propósito, o lance me lembrou de um parecido, embora muito mais grave, que quase tirou a vida do Kruger, quando o goleiro do então Água Verde, cujo nome não lembro (aliás, dos medíocres costumamos não nos lembrar o nome) se lançou também com as duas pernas, só que contra o abdômen do adversário, rompendo as alças intestinais do Flecha Loira de modo a ser necessário leva-lo imediatamente para cirurgia com grande risco de morte. A velha guarda dos Coxanautas deve lembrar bem do drama.
Mas vamos à segunda parte do título da coluna.
A mídia brasileira em geral, que, quando dos acontecimentos do dia 06 de dezembro de 2009 (o dia mais triste da minha vida como torcedor) execrou unanimemente o Coritiba, com alguns falando que a pena que sofremos teria sido pequena, agora se divide com alguns menos lúcidos querendo ser compreensivos com a torcida do Corinthians. “Vejam bem, os milhões de torcedores não podem ser culpados pela ação de uma minoria ou de um”, etc. Ah, é? Mas para nós a ação de alguns poucos contaminava a torcida toda?
É, nada como um dia depois do outro. Interesses comerciais valem mais do que coerência.
A propósito. Que ninguém se deixe enganar pela “apresentação” do tal menor que assume o crime da Bolívia. Isso é prática comum no meio criminoso. Os líderes de gangues “intimam” um menor a assumir o delito, escolhendo algum com quase 18 anos de idade, de modo que, pelo nosso sistema “reeducacional” de menores (não posso dizer repressivo, não o é), se aplicada alguma medida será no máximo a de internação por alguns meses até completar a maioridade. Querem nos fazer de trouxas, Corinthians e Rede Globo?
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