Bola de Couro
Uma derrota no futebol é sempre resultado indesejado - é uma obviedade dizer isso - mas faz parte do contexto de um campeonato longo e muito disputado como o brasileiro, desde que a conjuntura seja a de um time que mantenha regularidade na disputa, o que só poderemos ver no Coritiba depois de mais alguns jogos.
O resultado de ontem não foi imerecido, assim como não seria um empate ou vitória nossa. Circunstâncias que podem acontecer em qualquer jogo de futebol ocorreram ontem e infelizmente contra nós. Uma delas foi a não conscientização do Castan de que o jovem Ângelo estava infernizando a nossa defesa, desatenção que o levou a abandonar a posição e tentar avançar como se querendo armar o jogo, perdendo a bola que resultou no primeiro gol do Santos. O outro erro foi do Henrique, mas deve ser debitado mais ao azar do que a desatenção.
Sem dúvida, como disse o treinador, a derrota aconteceu mais em função de erros nossos. O técnico é bom, tem acertado bem mais do que errado, mas faltou uma autocrítica na declaração que deu sobre o resultado.
Ele não foi feliz nas substituições e quanto a uma delas errou mesmo. Se o Tony Anderson sentiu alguma lesão, a substituição natural deveria ter sido a opção pelo Regis, jamais Robinho, que já está se enquadrando na figura de ex-jogador, tamanha a sua falta de disposição física que naturalmente leva a pecar tecnicamente. Quanto ao Val, se a intenção foi a de poupar o Andrey para o próximo jogo e o fato de este ter recebido cartão amarelo, dentre as opções no banco talvez fosse a mais aceitável. O problema é que o Val faz uma partida boa e depois inúmeras ruins. Parece que o fato de ele ter feito um ou dois gols chutando de longe influenciam a decisão, mas há muito o que vemos, e ontem se repetiu, têm sido apenas chutes levando a bola para a arquibancada.
De qualquer modo, pelo que vimos nos últimos jogos temos time para não voltar a rondar o fantasma de novo rebaixamento, com muita probabilidade de nos classificarmos para a Copa Sul-Americana. Mas precisamos de algumas correções e contratações – essas somente podendo acontecer após dia 18 de julho – dentre elas um primeiro volante (o Willian Farias não aguentará tantos jogos), mais um zagueiro e outro goleiro (em que pese o Muralha venha se redimindo das falhas).
Aguardemos a quarta-feira para começar a ver se temos mesmo bala na agulha e um time com a qualidade da competitividade. Acho que sim, mas não custa esperar que os fatos reforcem a minha convicção.
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