Bola de Couro
O período de 1968 a 1985 - presente na lembrança dos mais velhos e ausente na dos jovens - foi a denominada “época de ouro” do Coritiba. Campeão estadual em 1968, 1969, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978 e 1979. Campeão do Torneio do Povo, então a segunda maior competição nacional, em 1973, semifinalista do campeonato brasileiro em 1979 e 1980 e finalmente campeão nacional em 1985.
Nessa época tivemos grandes times, com craques até hoje lembrados e cultuados. Na foto formação do Coritiba em 1971. Em pé: Nico, Hidalgo, Hermes, Cláudio, Célio e Nilo. Agachados: Passarinho, Lucas, Leocádio, Zé Roberto e Rinaldo.
Naquele mesmo tempo vestiram a nossa camisa o icônico Krüger, além de Tião Abatiá, Oberdan, Dreyer, Pescuma, Negreiros, Jairo, Eli, Aladim, Toby, Lela. Paro por aqui porque foram tantos e se esquecer algum cometeria injustiça.
Não por coincidência, nesse período de ouro o clube foi comandado pelo saudoso Evangelino Neves por quase vinte anos (1967/1979 e 1982/1987), o nosso campeoníssimo.
Tínhamos, induvidosamente, a maior torcida do Estado e por algum tempo o nosso estádio foi considerado como o terceiro melhor do Brasil.
Desde então tivemos alguns momentos de esperança de voltar a ser o que fomos, a exemplo de 1989, 1998, 2003/2004 e 2011/2012, mas infelizmente foram períodos curtos em que se sucederam alguns rebaixamentos.
Vivemos de saudades, dizem os nossos rivais, e não sem razão, temos que reconhecer. Mas se é o que nos resta, neste que está sendo um dos piores momentos da nossa história, pelo menos vamos cultuar o passado na esperança de que um dia o clube seja, muito mais do que revolucionado, seja refundado e algum dirigente iluminado saiba erguer um novo Coritiba com olhos para aqueles tempos gloriosos, na esperança de que voltem.
Se nos mantivermos com olhos só para o passado, sempre será uma bela história, mas de pouco adiantará para o futuro. As únicas pessoas na História que a mudaram foram as que souberam refletir e mudar o pensamento e o caminho. Espero ainda viver para ver o Coritiba novamente grande, mas de modo sólido e perene.Uma pena que, ao que tudo indica, não será na atual gestão.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)