Bola de Couro
O assunto do momento no Coritiba é a polêmica sobre a renovação do contrato do Rafinha.
As notícias dão conta de que o Rafinha pretende salário mensal de R$ 200.000,00, enquanto o Coritiba não abre mão de chegar ao teto salarial estabelecido pela nova administração, R$ 120.000,00 ou 140.000,00. Não sei se os valores noticiados são esses mesmos, mas certamente a discussão está nessas faixas.
Penso que, se o clube fixou um teto salarial geral, no que acertou pois não dá para o Coritiba conviver com tantos pagamentos na casa dos três dígitos de milhar, não deve haver exceção, seja quem for o contratado. Do contrário será como abrir a porteira para passar um boi e logo atrás dele virá uma boiada.
O Rafinha é um valoroso coritibano. Bom jogador e vê-se que ama ao clube. Merece um bom salário, mas nem por isso deve ser tratado como exceção, ainda mais estando com trinta e sete anos de idade, a qual já pesa como se vê em meio à segunda etapa dos jogos.
E amigos, convenhamos, salário de R$ 120,.000,00 ou 140.000,00 mensais é um monte de dinheiro, muita gente – mas muita mesmo – gostaria de ganhar isso por ano. Dificilmente se encontrará executivo que perceba esse valor. Logo, Rafinha não pode se sentir desvalorizado com uma oferta dessas, ou o teto salarial do clube, seja este qual for. Está sendo nivelado pelo alto, quando se lhe oferece o máximo que o clube pretende pagar, com o que reconhece com sobras o seu valor como atleta.
O mercado salarial dos jogadores de futebol no Brasil é irreal. Considere-se que talvez seja a única atividade em que o empregado, afastado por questão de saúde, continua a receber os salários e não é mandado para a previdência social como os comuns dos mortais. Aliás, o Rafinha viu esse benefício quando, no ano passado, ficou alguns meses afastado por conta de grave lesão.
Por isso, parece-me que a polêmica é facilmente superável se o Rafinha se conscientizar de que, ao contrário do que alguém possa dizer, está sendo muito valorizado com a oferta do teto salarial – ou algo que dele se aproxime – e que a sua bela carreira está no fim e certamente não encontrará outro clube que nele invista na faixa salarial que o Coritiba oferece.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)