Bola de Couro
Ontem, após mais uma apresentação pífia do Coritiba contra o Fortaleza - falar sobre ela seria simplesmente repetir o que tem sido dito por todos, quase um “copia e cola” de textos anteriores - o Jorginho deu entrevista na qual afirmou, imodestamente, “sou profissional de extrema competência” e que não sabe fazer mágica.
A primeira afirmação talvez seja a pista para se saber porque ele é tão obstinado nos erros que todos apontam. Como crê que é extremamente bom e está certo, não dá ouvidos para os que pedem um time ofensivo, minimamente que seja, e nem para os que não entendem como pode escalar sempre o Gabriel e o Yan Sasse, tendo no banco melhores opções. Deve ser isso, toda a pessoa soberba não admite ser corrigida e nem quer que apontem os seus erros. Confesso que não conhecia esse lado arrogante dele, que, como muito religioso que é, deve conhecer esse provérbio bíblico “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda”.
(Provérbios 16:18)
E por falar em religiosidade, parece-me que em lugar de mágica, que nada mais é do que um resultado da nossa ilusão diante de um truque, o time precisa mesmo é de um milagre, que é um acontecimento extraordinário, concreto e não decorrente de ilusão.
O ponto me faz suspeitar que o Jorginho tem no elenco jogadores que são abençoados, como Gabriel, Yan Sasse e Nathan Fogaça, enquanto outros deve ter como ímpios, como o Sarrafiore (a quem deu uma única oportunidade de jogar meia partida) e o Neilton (que foi bem no jogo contra o Grêmio). Aliás, ontem, ainda que na atualidade sejam permitidas até cinco substituições, o Jorginho, mesmo vendo o time mal, não teve coragem de fazer mudanças substanciais, usando de apenas três (a do Natanael justificável e as outras não) enquanto o técnico adversário usou as cinco. Como sabemos que é teimoso,e agora que é soberbo, decidiu não fazer entrar aqueles pelos quais a crônica e a torcida bradam e que talvez não estejam entre os abençoados.
Deve ser isso, soma da teimosia do soberbo, com a escolha pessoal por critérios que não técnicos.
Então, com fé aguardemos não uma mágica, mas um milagre que faça o nosso time se recuperar e se manter na primeira divisão.
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