Bola de Couro
Avançamos na Copa do Brasil graças a um gol de exceção marcado pelo Alef Manga e competência na cobrança e defesa dos pênaltis.
O resultado decorreu muito mais do acaso do que por merecimento, pois continuamos a jogar mal como em toda a temporada e o Criciúma por pouco não ampliou o placar. Se o fizesse, teria sido uma vitória justa.
Mas o futebol tem dessas coisas, às vezes um time joga muito melhor do que o adversário e não vence, e às vezes ocorre o contrário, como ontem.
A ressaltar na má exibição da equipe a primária falha do zagueiro de oito milhões de reais, o Bruno Viana, a não participação do Robson no jogo (houve um momento em que pensei que tinha sido substituído sem que eu não notasse) e a jornada ruim da meia-cancha, que só melhorou um pouco com as entradas do Andrey e do Régis.
Enfim, estamos classificados para a terceira fase da Copa do Brasil, e o negócio é olhar para a frente, esperando que adiante encontremos alteração na comissão técnica e na direção de futebol. Como fomos até agora com esses que comandam, o futuro é desanimador.
Ontem várias vezes a torcida entoou gritos de “burro, burro” em favor do Antonio Oliveira, notadamente quando tirou do time o Kaio César. Mas ele não é burro, um episódio ao final do jogo demonstrou. É, sim, incompetente, despreparado e arrogante (defeito que leva à teimosia). Ah, e debochado como se viu em sua penúltima entrevista e ontem.
Refiro-me à atitude que teve ao final do jogo em atirar sua camiseta para umas deslumbradas torcedoras e em seguida vestir a de uma torcida organizada.
Certamente pensou que com isso ganhará apoio da torcida, e não duvido que da parte menos lúcida dela possa ganhar mesmo. A torcida organizada se sentirá homenageada e lhe dará uma trégua? Gesto demagógico mas inteligente se considerarmos a repercussão entre torcedores desavisados.
Os torcedores lúcidos, aqueles que acompanham com seriedade o clube, não se iludirão. Um treinador, contratado por prazo longo e por salário alto, que teria indicado tantos jogadores que se mostram fracos, depois de mais de três meses nos entrega um time sem coordenação, com invencionices e derrotas marcantes no campeonato estadual. Até quando teremos que aturá-lo? Ele não pedirá para sair, por mais pressão que sofra, pois se demitido prosseguirá com os seus ganhos e o Coritiba só ampliará o seu passivo, já historicamente onerado e agravado neste ano com investimento – ao que se diz - de vinte e sete milhões de reais, até agora sem bons resultados, o que se aproxima da irresponsabilidade para com o clube.
Fala-se na necessidade de reforçar o elenco, o que é fundamental mesmo. Mas desde que não seja com os critérios errados e até estranhos mostrados até agora. E também sem mudar o comando do futebol. Do contrário cada vez mais vamos ao fundo do poço e não haverá recuperação judicial ou SAF que nos salvem.
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