Bola de Couro
Não foram poucas as vezes que vimos o time do Coritiba apequenado em campo, como se jogasse contra a seleção dos melhores do mundo, como ontem no primeiro tempo de jogo.
Foi totalmente dominado pelo time reserva do Grêmio, que chegou a ter 74% de posse de bola, ao tempo em que nada produziu além de um chute do Neílton que passou relativamente perto do gol adversário. E nada mais em uma primeira etapa em que a meia cancha foi totalmente improdutiva e dominada. Hugo Moura, que no jogo contra o Vasco parecia ter encontrado seu futebol, foi um desastre. Galdezani o burocrata de sempre, que não cria, apenas carimba a bola. Sarrafiore totalmente improdutivo acusou cansaço pelo calor quando ainda faltavam muitos minutos para terminar a primeira etapa. E por aí fomos, com a inutilidade do Nathan Fogaça (substituído pelo não menos inútil Ricardo Oliveira).
Na segunda etapa melhoramos um pouco, muito pela entrada do Rafinha, mas a produção não foi suficiente para nos impormos sobre o time reserva (insisto) do Grêmio. Menos mal que o Vilson se encontrava em grande tarde e, além de converter o pênalti a nosso favor (alô Sabino, veja como se deve cobrar) no apagar das luzes defendeu a penalidade máxima que poderia resultar na primeira derrota da era Morínigo.
O jogo de ontem serviu para dar uma esfriada nos poucos que ainda sonham com um milagre e recuperação do time. Prestou-se para confirmar o que vimos o ano todo, não temos time minimamente confiável e o negócio é a nova diretoria preparar um plantel qualificado para próxima série B. Se a média de pontos em todo o campeonato fosse a dos últimos jogos – sete pontos em cinco jogos – estaríamos, ainda que sem muito conforto, distantes da zona de rebaixamento. Mas não, afora um plantel desqualificado montado pelo então todo poderoso Pastana, tivemos uma sucessão de técnicos que nem um mínimo padrão de jogo souberam dar, em que pese mereçam alguma atenuante em face do matéria humano que receberam. Morínigo parece alguns degraus acima dos que lhe antecederam, mas ainda tem que ser mais bem observado, pois se parece confiar no Yan Sasse como aparentou ontem, então o seu caminho não será fácil.
Enfim amigos, chorar nem choramos mais, eis que preparados há muito para essa tragédia anunciada. Espero que a nova diretoria – que está sendo pródiga em preencher cargos administrativos – saiba montar um elenco minimamente digno de vestir nossa histórica camisa e fazer bom papel na Copa do Brasil e retornar à elite em 2022. Enquanto, isso, oremos.
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