Bola de Couro
Na última segunda-feira ocorreu a reunião mensal ordinária do Conselho Deliberativo do Coritiba, na qual, segundo matéria da Tribuna do Paraná, a direção e o todo poderoso Rodrigo Pastana comentaram sobre as dívidas do clube, atrasos em salários e possíveis contratações (eles chamam de “reforços”, mas que pelo que temos visto, tem sido no máximo “reposições”).
Transcrevo, embasbacado, o período final da matéria jornalística:
“De resto, a conversa entre o conselho e a diretoria foi mais de sugestões, sem soluções concretas, e bate-papo jogado fora. Ao fim da reunião, os diretores do Coxa ainda saíram aplaudidos” (o negrito é meu). Não amigos, não transcrevi mal, confiram aqui.
Então, além da passividade dos conselheiros diante de um dos piores – senão o pior – momento da história do Coritiba, a reunião foi um bate-papo entre amigos, como se o mundo não estivesse desabando para os coritibanos, e eles ainda aplaudiram os dirigentes?
Ler uma notícia dessas, como diz a gurizada, é de largar os betes.
Mas em que mundo vivem esses conselheiros? Que Coritiba eles estão vendo? De quem esperar então algo que mude a situação atual? Em quem confiar se só coritibanos de cepa poderiam mudar os rumos e eles agem assim?
Certamente muitos conselheiros que não concordam com esse estado de coisas não estiveram na reunião e dirão que jamais aplaudiriam esse momento surreal. Mas nem por isso merecem total absolvição, pois deveriam ter comparecido, sim, afinal, além de o momento exigir, das últimas eleições resultou proporção maior de conselheiros eleitos pelas chapas derrotadas do que da vencedora.
Falta de comprometimento, de envergadura e principalmente de sensibilidade para com a nossa tão sofrida torcida e o nosso tão maltratado clube.
Nem sei mais o que dizer, estou a cada dia com menos esperança e temo o acerto do que teria dito Charles de Gaulle: “O fim da esperança é o começo da morte”.
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