Bola de Couro
Na última semana o noticiário internacional centrou-se no primeiro passo dado pelo Reino Unido para deixar a zona do Euro e no atentado terrorista ocorrido na Turquia. Quem diria que, ainda no calor de tais fatos, um anglo-turco viria a se destacar em Curitiba, dando importante passo para que o Coritiba começasse a se afastar também de uma da zona, a do rebaixamento, ao mesmo tempo em que cometeria um atentado (do bem, não como o da Turquia) contras as hostes rivais. E o que é melhor, mostrando-se torcedor do Coritiba, quesito muito importante nesses tempos de jogadores descompromissados com a camisa que vestem.
Vencer atletiba, sejam quais forem as circunstâncias, é fato para ser comemorado sempre e permite tripudiar um pouco sobre o rival. Com respeito, mas com um pouco de humor.
O jogo.
Ganhamos, mas não podemos negar que foi no limite e por um único lance em que merecemos fazer o gol, embora tenhamos nos mostrado a equipe que mais quis a vitória. Mas isso para o momento não importa, pois melhor não jogar muito bem e ganhar do que o contrário. Desta vez a força defensiva da equipe se destacou, quase não permitindo ao rival se aproximar da nossa área, mostrando-se o setor de armação o ponto fraco de apresentação de ontem. Assim, a preocupação com o nosso futuro no campeonato brasileiro continua. O time não inspira muita confiança, mas é de se esperar que venha ter pelo menos uma mudança de ânimo decorrente da vitória no atletiba para ajudar a melhorar.
Kleber.
Infelizmente o Kleber não tem estrela em atletiba. Em nenhum deles jogou bem e, como parece sentir que precisa provar em contrário, tem atuado de modo egoísta, prendendo demasiadamente a bola sem dar participação a companheiros melhor colocados. Há os que são predestinados para o clássico maior, como muitos já mostraram, mas há também os que pela condição anímica ou até pelo sobrenatural não conseguem se sair bem, como está sendo o caso do Kleber.
Leandro.
Se o Kleber não é predestinado para atletibas, mas é bom jogador, o Leandro definitivamente não o é para usar a camisa do Coritiba em qualquer jogo. Ontem foi um desastre, agravado pela confusão que deve ter feito ao pensar que jogar com raça é ser desleal e provocador de conflitos. A sua saída foi providencial e se mostrou mais acertada ainda diante da boa atuação do substituto, Iago. O Leandro já teve várias chances de se firmar e não aproveitou, parecendo-me que não merece novas oportunidades.
João Paulo.
Sou um critico contumaz do João Paulo. Mas ontem, tenho que reconhecer, ele se saiu muito bem na contenção das jogadas do adversário, permitindo a necessária tranquilidade à zaga. Uma pena que marcou a sua apresentação também por uma jogada desleal.
Diretor de futebol.
O Coritiba já teve grandes nomes a dirigir o seu futebol. Munir Caluf, homem de sucesso empresarial e no futebol. Luís Afonso Camargo, igualmente empresário reconhecido e bem sucedido no Coritiba. Hélio Alves, Ely Thomaz de Aquino e Estevan Damiani, bem sucedidos empresários e futebolistas campeões no Coritiba. João Carlos Vialle, renomado médico e também vencedor no Coritiba e ainda Domingos Moro, advogado especializado em direito desportivo. Todos com vida pessoal e profissional respeitável e vencedores no Coritiba.
Agora contratamos Alex Brasil, cujo currículo mostra apenas passagens por Londrina, Paraná, Caxias e Payssandu, histórico que, embora não seja desmerecedor, também não é nada animador. Ainda que com um pouco de desconfiança decorrente das tantas decepções que a torcida do Coritiba tem sofrido nos últimos tempos, penso que temos que dar algum crédito e um período de carência ao novo diretor. A tarefa não será fácil, cabendo somente a ele mostrar que é merecedor do cargo. A torcida do Coritiba tem sofrido muito nos últimos anos e não aguenta mais viver só de lembranças e de esperanças.
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