Bola de Couro
Estive ausente destas páginas por uns dias em razão de viagem e outros compromissos.
Volto para duas reflexões.
A primeira em relação aos dois “dirigentes” do Coritiba, Alex Brasil e Beletti.
O diretor ou gerente de futebol, seja lá qual o nome, tem mostrado muito mais erros do que acertos. Não conseguiu manter no time o excelente Neri Bareiro, cuja contratação custaria de início menos do que foi proposto para o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho por um mês. Deixou ir embora o venezuelano meia Gonzales, não teve sucesso na contratação do argentino Matias Suarez, integrante de clube pequeno e provavelmente de baixo valor aquisitivo. Por outro lado, poucas contratações que intermediou foram bem-sucedidas, salvo, pelo que mostrou até agora (pelo que vi no Internacional ainda tenho um pé atrás, mas espero que confirme as expectativas), o Anderson. E não custa lembrar que ele certamente teve participação na trapalhada que foi a renovação de contrato com o Carpegiani e a imediata dispensa do mesmo.
E o Beletti, diretor internacional, ou seja lá o que for, o que até agora apresentou? A tentativa, felizmente abortada de contratar o aposentado Ronaldinho Gaúcho, a presença – custeada pelo Coritiba, provavelmente – em jogo do Barcelona e a misteriosa indicação de um técnico cujo nome ninguém sabe. Este, mais do que o Alex Brasil que ao menos tenta acertar, nada mostrou até agora a não ser marketing pessoal e figuração da publicidade que visa a angariar associados.
Dois empregos invejáveis. Bons salários e sem compromisso de produtividade e resultados.
A segunda reflexão se refere a trecho da coluna de hoje do jornalista Augusto Mafuz, que fala por si só e transcrevo:
“O dinheiro pode faltar para muitas coisas no Coritiba. Para algumas, sobra.
Veja só. Para locar a Baixada para o show da banda americana de pop Maroon 5, o Atlético exigiu o valor de 500 mil reais. Por não ter esse recurso, a Like Eventos, procurou Gustavo Hauer que é ao mesmo tempo promotor de eventos e dirigente do Coritiba. Hauer deve ser o candidato dos “Surfistas” na eleição para presidência do clube.
A proposta da Like foi a de pagar 150 mil reais. Hauer, então, não como dirigente, mas como intermediário, enviou a carta ao G5, pedindo uma bonificação de 10% desse e de qualquer outro show. O presidente Bacellar concordou em dar uma bonificação só para esse show. Ricardo Gomide, que estava visitando o clube, quando leu a carta de Hauer disse: “Hoje não precisa trabalhar mais para ganhar mais. Há uma inversão de valores, aqui”. À propósito, Gomide seria um bom candidato para a presidência dos coxas”.
Se for verdade, no mínimo é preocupante, tanto pelo modo com que o Coritiba parece estar sendo gerido, como pela audácia dos “surfistas” em ainda querer retomar o comando do clube.
Gostaria muito que o jornalista, embora sempre bem informado, desta vez tenha errado.
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