Bola de Couro
Vou um pouco na contramão de muitos no que se refere ao atletiba de ontem.
Foi sem dúvida um mau jogo, com pouca técnica, mas acho precipitado dizer que foi o pior da história. Já tivemos outros atletibas ruins e é sempre um risco dizer definitivamente que esse ou aquele foi definitivamente “o” pior. Uns dos piores sem dúvida foi.
Não navego também na opinião quanto ao Coritiba ter sido o mesmo de sempre.
Não foi muito melhor, mas esteve alguns degraus acima do que vínhamos vendo.
A falta de técnica e de empenho de alguns aconteceu como sempre. Ricardo Oliveira mais uma vez inoperante e desinteressado, Maílton querendo driblar dois ou três adversários para logo perder a bola(nem falo do lance bizarro da cobrança de um lateral nas costas do auxiliar da arbitragem, foi digno de futebol de várzea). E o Pablo Thomaz, em que se concentram esperanças de que possa ser o avante que nos falta, mais uma vez decepcionou, especialmente pela falta de vontade e de ambição.
Mas em contrapartida vimos um time melhor ajustado, que não deixou o adversário jogar e que esteve mais próximo da vitória do que aquele, com mais finalizações e um gol evitado pela trave.
Guilherme Biro, Sarrafiore e Cerutti se saíram muito bem e deixaram a sensação de que nossa campanha poderia ter sido outra se antes tivessem sido utilizados.
Mas quero registrar o que mais me chamou a atenção no jogo de ontem, as cãibras em jogadores jovens muito antes de se aproximar o final do jogo. A falta de bom preparo físico já vinha sendo notada em outras partidas, mas ontem a consequência apareceu exatamente em jogadores jovens e que estavam entre os que mais correrram, sendo a prova da deficiência na preparação.
Disse-me um dirigente que nos últimos tempos Coritiba teve quatro preparadores físicos, com metodologias diferentes, o que provavelmente explica o que temos visto e se acentuou ontem, mais um efeito danoso da funesta administração que tivemos até o final do ano passado.
Só um milagre nos salvará do rebaixamento. Vamos continuar à espera, no desespero temos essa tendência um tanto irracional, mas sem dúvida será muito difícil, pois milagres só costumam aparecer para quem faz por merecer, o que não é o caso desse time que nos deixou a gestão anterior. Esperemos por algo mágico, afinal é o que nos resta a esta altura, mas não fiquemos na dependência disso.
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