Bola de Couro
Vencemos hoje ao Vasco com um gol daqueles que se diz “caído do céu”.
O time foi muito mal, praticamente não chutou em gol, e quando o fez os jogadores trataram de isolar a bola. O acaso e a imprudência do jogador vascaíno, além da seriedade e atenção da arbitragem, nos deram a vitória.
Não fossem as boas defesas do Wilson e a trave e estaríamos amargando uma justa derrota.
O resultado e a atuação do time resultam em um paradoxo, pois estou contente pela vitória, mas muito descontente com a falta de futebol da equipe que, a continuar assim, não traz boas perspectivas. Conseguir duas das três vitórias até aqui através de pênaltis cometidos pelos adversários nos últimos minutos do jogo, é acaso que dificilmente se repetirá.
Não é difícil analisar a má apresentação de hoje do time. A única jogada que parece treinada é a troca de bola entre os zagueiros e a partir daí o recuo para o Wilson. As atuações individuais foram sofríveis. Sarrafiore nada jogou, repetindo o que se viu no Internacional, qual seja não se mostrar para o jogo, embora tenha qualidade. A meia cancha, ressalvado o Mateus Sales, pouco ou nada produziu. O ataque, resumido a um avante de ofício, e ainda assim que se dá melhor pelos lados do campo, quase inexistiu. O goleiro do Vasco, desconsiderado o pênalti que defendeu, não foi obrigado a nenhuma intervenção de maior dificuldade. Cabe registrar que o Robson, em que pese tenha limitações técnicas, é muito lutador e foi pelo seu empenho que achamos os pênaltis em dois jogos, mas não teria lugar no time se o elenco fosse efetivamente de primeira divisão.
E as substituições? É difícil mudar um time se as opções que o técnico tem são o Yan Sasse e o Tiago Lopes (Meu Deus!) e mesmo o Gabriel que entrou em campo como se não tivesse entrado. Não dá para analisar o paraguaio Martinez, pois entrou já no final da partida, mas no pouco que mostrou talvez tenha lugar no time.
Enfim, e sei que a esta altura alguns poderão estar dizendo que sou exigente demais, que importa é a vitória – claro que importa, e muito – mas pelo que vi hoje, além do que foi visto jogo contra o rival maior e a segunda etapa contra o Goiás, a esperança de que esse time possa se impor e nos tranquilizar é pequena. Aguardemos que as novas contratações se imponham e outras aconteçam, pois nem sempre vamos ter a vida facilitada por um pênalti no final do jogo.
Na coluna após o jogo contra o Goiás, eu escrevi: Sabino cobrou, mais uma vez nos deixando assustados pelo modo como faz (uma hora vai ter que mudar, logo os goleiros não se atirarão antes e poderão defender).
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