Bola de Couro
Perdemos em casa, uma hora isso iria acontecer, dificilmente um clube consegue se manter invicto em seu mando de jogo por tanto tempo como nós estávamos. Melhor teria sido que o tropeço tivesse sido contra um time que está bem atrás na tabela e que não se aproximasse de nós, mas o campeonato é assim mesmo, a derrota não é o fim do mundo e nem o time de repente passou a ser tão ruim como parte da torcida está afirmando.
Jogamos mal, sim. Robinho nada armou, Guilherme Biro falhou, Henrique não foi o mesmo, enfim, uma má jornada na qual só se sobressaíram positivamente o Igor Paixão e um pouco o Natanael, este em que pese estivesse um tanto nervoso.
Quando foi anunciada a entrada do Igor, imaginei que o técnico iria mover o Natanael para a ala esquerda, como já fez, e não que o tiraria do jogo para depois colocar o fraquíssimo Romário no lugar do Guilherme Biro que, embora não estivesse em seus melhores dias, está muitos furos acima daquele. A entrada do Guilherme Azevedo também nada somou e se ele veio do Grêmio para o Coritiba servir de vitrine de modo a alcançar valorização, muito melhor será colocar nos holofotes um dos nossos jovens, pois se render bem os frutos serão nossos e não do clube gaúcho. Foi mal mais uma vez o Rafinha, que vem sendo a grande decepção da temporada. Esperava-se muito dele, mas pouco entrega, mostra-se irritadiço, mais briga do que produz, enfim, não é o Rafinha sobre o qual pesava uma grande expectativa.
O que o jogo de ontem mostrou, além da jornada infeliz de muitos, foi que não temos bons reservas. O onze titular, que muito se proclamou finalmente a torcida tinha memorizado, não tem substitutos à altura, ao menos dentre os que já entraram no time. Contar com Igor, Romário e Guilherme Azevedo é tanto como se contava com Dalberto e Willian Alves. Ainda temos alguns a experimentar (Márcio, Thalisson, Ângelo, Biel, Bernardo, João Vítor e Luizão) e quem sabe dentre eles um ou dois pode despontar bem no time.
Bem, enfim, mesmo com a derrota não esqueçamos que ultrapassado o primeiro turno somos líderes da competição e a série B tem esse nível, não se podendo exigir time com longa invencibilidade e apresentações de gala. Melhor ter um time pragmático, que saiba superar os reveses como o de ontem contra o Botafogo, enxergue os erros e os corrija para os jogos seguintes e que alcance o objetivo da subida à primeira divisão, melhor ainda com o título de campeão.
Vamos confiar que nos jogos contra o Londrina e o Brusque o Coritiba retomará o caminho que estava sendo percorrido até penúltimo jogo, o que certamente será mais fácil se o Morínigo encontrar um substituto para o Val que não seja o carimbador de bola Matheus Salles.
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