Bola de Couro
No futebol brasileiro é comum um sentimento entre torcedores, quando um time não vai bem o primeiro culpado a ser apontado é o treinador.
E nem sempre é, quando o clube entrega ao treinador um plantel fraco, carente em algumas posições, dificilmente ele poderá ter sucesso. Alguns fazem das tripas coração e conseguem que o time, mesmo limitado individualmente, forme um conjunto que saiba jogar com a inteligência que se exige diante das suas limitações. Mas para isso precisa ser bom técnico.
Pois no Coritiba atual o elenco entregue ao treinador é tecnicamente insuficiente e carente de peças em algumas posições.
Isso absolve o Jorginho, deve estar pensando quem leu até aqui.
Não. O Jorginho consegue piorar o que é ruim, com as suas escalações estranhas e com a sua conduta durante o jogo.
Ontem, contra o Grêmio, começou jogando usando o time que tivera uma atuação pífia diante do São Paulo, mostrando que nada aprendeu com o erro, mantendo a mesma postura sem coragem e teimosa.
E agravou-se essa conduta pusilânime ao se observar que escalou o o jovem iniciante Guilherme Biro, tal como fizera no jogo anterior, como uma espécie de segundo lateral esquerdo para que o Willian Matheus avançasse, o que já não dera certo. Com poucos minutos de jogo, já perdendo por dois a zero, substituiu o menino, que justificadamente foi aos prantos.
Ah, mas ele precisava mexer no time diante do placar adverso em poucos minutos. Sim, mas naquele momento, o candidato certo era o Rodolpho Filemon, desastrado zagueiro, ou também o Martinez, perdido em campo, para cuja função poderia ser deslocado o jovem Biro, já que a sua posição natural é de volante de contenção. Com essa atitude o treinador estaria mostrando postura de quem sabe liderar.
Mas não, como enfrentar duas cobras criadas, que certamente sairiam esbravejando, quando poderia descarregar a frustração pelo seu próprio erro em um iniciante, escolhido como bode expiatório,e cuja reação não seria de reclamo e indignação? Optou por isso, mostrando que, além de não ser bom treinador, não tem o bom caráter que se espera de um líder.
A sorte do Jorginho é que os jogos estão sem público. Do contrário, as vaias da torcida contaminariam até o concreto do Couto Pereira.
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Ao contrário de alguns, e apesar do Jorginho, ontem vi alguma capacidade de reação no time. Há quem diga que foi porque o Grêmio se retraiu, mas acho não foi bem assim, não se retrairia se não sentisse que o adversário estava crescendo. E isso aconteceu a partir da mudança do time com a entrada de jogadores mais ofensivos, o que poderia ter acontecido desde o início. Mas ainda foi pouco para quem quer pelo menos se manter na série A.
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